Governadores ignoram decreto de Bolsonaro sobre reabertura de salões e academias
O presidente foi criticado por incluir essas atividades como essenciais no dia em que o Brasil bateu recordes de mortes pelo coronavírus
Publicado: 12 Maio, 2020 - 09h42 | Última modificação: 12 Maio, 2020 - 09h49
Escrito por: Carta Capital
No dia em que o Brasil atingiu a marca de quase 12 mil mortos pelo coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro publicou, nesta segunda-feira 11, um decreto classificando academias, salões de beleza e babearias como serviços essenciais. A medida, no entanto, será ignorada por alguns governadores.
O governador do Ceará, Camilo Santana, publicou em suas redes sociais dizendo que o ato em nada altera o atual decreto estadual em vigor no Ceará e citou a decisão do STF para justificar sua decisão. A Suprema Corte havia decidido no mês passado que cabo aos estados e municípios a decisão sobre isolamento social.
Informo que, apesar do presidente baixar decreto considerando salões de beleza, barbearias e academias de ginástica como serviços essenciais, esse ato em NADA ALTERA o atual decreto estadual em vigor no Ceará, e devem permanecer fechados. Entendimento do Supremo Tribunal Federal.
— Camilo Santana (@CamiloSantanaCE) May 12, 2020
Flávio Dino (PC do B), do Maranhão, disse que “nada muda até o dia 20”.
Na Bahia, Rui Costa (PT) afirmou que vai ignorar as novas diretrizes do Governo Federal. “Manteremos nosso padrão de trabalho e responsabilidade. O objetivo é salvar vidas. Não iremos nos afastar disso”.