Governo Bolsonaro aumenta em até 70% diárias de funcionários em viagens
Presidente descarta reajuste salarial para servidores, mas aumenta diária para os que viajam a trabalho
Publicado: 04 Julho, 2022 - 17h37 | Última modificação: 04 Julho, 2022 - 17h56
Escrito por: Redação CUT
Depois de muitas promessas, em 13 de julho, o presidente Jair Bolsonaro (PL) descartou a possibilidade de reajuste a servidores, que estão com os salários congelados há quatro anos, mas os funcionários públicos que viajam a trabalho ganharam uma compensação.
O governo federal aumentou em até 70% o valor das diárias que os servidores recebem para gastar com hospedagem e alimentação em viagens de trabalho.
O decreto, publicado em edição extra do Diário Oficial da União na sexta-feira (1º) - último dia de 2022 para a concessão de benefícios do tipo em anos eleitorais - estabeleceu 12 novos patamares de diárias, que variam conforme o cargo e o destino.
Os servidores de nível superior ou da antiga classificação DAS-2 passam a ter entre R$ 300,90 e R$ 381,14 por dia de deslocamento. Antes, esse valor ficava entre R$ 177,00 e R$ 224,20.
O aumento para cargos de assessoramento de níveis mais altos ficou entre 25% e 61%.
Já um ministro de Estado que viaja para Brasília, Manaus, Rio de Janeiro e São Paulo tem direito ao valor máximo de R$ 668,15 de diária (15% de aumento). Antes era de R$ 581. O montante cai para R$ 598 quando a viagem é para as demais capitais e R$ 527,84 para outros locais.
De acordo com o decreto, o valor da diária será reduzido em 25% quando o período da viagem for maior que 30 dias corridos, na mesma localidade, ou que 60 dias não contínuos. A medida entra em vigor
Pela Lei de Responsabilidade Fiscal, o presidente não pode aumentar despesa com pessoal nos 180 dias anteriores ao final do mandato. Na 6ª feira, dia 1º, data da publicação do decreto, faltavam 93 dias para o 1º turno das eleições.