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Governo pressiona senadores a recuarem de CPI da Previdência

Paulo Paim, que conseguiu o número de assinaturas para criar a comissão, denuncia: "O Planalto está indo para cima dos parlamentares para que desistam da CPI"

Publicado: 02 Março, 2017 - 14h41 | Última modificação: 06 Março, 2017 - 19h32

Escrito por: Igor Carvalho

Foto: Agência Senado
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O senador Paulo Paim (PT-RS) conseguiu 30 assinaturas para a abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Reforma da Previdência, são necessários 27 signatários para que o processo seja instaurado no Senado. Porém, segundo o petista, o governo Temer procurou parlamentares da base para que desistam de apoiar a abertura da CPI.

“O governo está pressionando senadores e pedindo que recuem. Isso é um absurdo e precisa ser combatido. Precisamos que a CUT e demais entidades que integram a Frente Parlamentar Mista em Defesa da Previdência pressionem os senadores em seus estados e que sigam até Brasília para garantir que essa CPI aconteça”, afirmou Paim.

De acordo com o senador, “há motivos mais que suficientes para que essa CPI aconteça”. “Precisamos fazer uma devassa nas contas da Previdência , saber quem realmente sonega, quem são os grandes devedores. Trabalhamos com uma cifra impressionante de R$ 1 trilhão em sonegação”, explica Paim, lembrando que o déficit alegado pelo governo não existe.

Para o petista, a reforma proposta pelo governo ilegítimo de Michel Temer é “absolutamente desnecessária” e, segundo o senador, precisa ser debatida com a sociedade. “Um dos motivos para que essa CPI aconteça é o diálogo com o povo. Essa proposta chegou em nossas mãos sem passar pelas ruas, temos que ir em todos os estados e saber o que pensam os brasileiros.”

Por fim, Paim analisa as possíveis consequências que a CPI pode provocar. “É possível barrar a Reforma da Previdência. Vamos provar que o único intuito que esse governo tem é privatizar a Previdência.”