Escrito por: Redação CUT
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, terá que responder por queixa-crime por ter insinuado que o Greenpeace seria responsável pelo vazamento de óleo no litoral brasileiro
O ex-ministro José Carlos Dias, presidente da Comissão Arns, entrará nesta quinta-feira (31) no Supremo Tribunal Federal (STF) com uma queixa-crime contra o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, em nome do Greenpeace. A informação é da jornalista Mônica Bergamo, colunista da Folha de S.Paulo.
Mais de 40 dias depois que as primeiras manchas de óleo começaram a aparecer no litoral nordestino, sem que o governo de Jair Bolsonaro (PSL) tivesse tomado medidas concretas para resolver o problema e proteger a população e o meio ambiente, Salles insinuou que um navio do Greenpeace poderia ser responsável pelo vazamento de óleo.
Para o secretário de Meio Ambiente da CUT, Daniel Gaio, o governo Bolsonaro repete a estratégia de acusações e agressões que usa sempre que se sente acuado e sem respostas para as tragédias que ocorrem no país. Tanto Daniel quanto especialistas da área avaliam que o governo federal tem sido omisso, irresponsável e incompetente nas medidas para enfrentar o desastre que está atingindo o litoral do Nordeste desde o dia 30 de agosto, quando manchas de óleo começaram a aparecer em dezenas de praias. O petróleo cru já se espalhou por 268 pontos, pelos nove estados e 94 municípios nordestinos.
Até agora, não fez uma reunião de emergência, não colocou em prática um plano para conter o óleo, não limpou rapidamente as praias afetadas nem cuidou dos voluntários e trabalhadores que foram ajudar na limpeza das praias sem os equipamentos necessários e correm riscos de ter vários problemas de saúde.