Greve dos eletricitários em Furnas, Cepel e Eletrobras entra em seu segundo dia
Os trabalhadores afirmam ainda que a direção de Furnas que alterar o plano de saúde com base em uma liminar de processo de dissídio instaurado pela própria empresa no Tribunal Superior do Trabalho (TST)
Publicado: 18 Janeiro, 2022 - 12h05 | Última modificação: 18 Janeiro, 2022 - 12h20
Escrito por: FNU
Os eletricitários em Furnas, Cepel e Eletrobras entram em seu segundo dia de greve nesta terça-feira (18/1) reivindicando um plano de saúde justo. A empresa quer aumentar a participação dos trabalhadores no plano de saúde, por meio de uma decisão unilateral e com a participação para os trabalhadores subindo de 10% para 40%, a partir do mês que vem.
“A intenção é diminuir sua participação no plano de saúde visando à privatização da Eletrobras. Ou seja, promove redução de custos ao tirar direitos conquistados pelos trabalhadores para atrair mais interessados”, informa o Sinergia SP CUT, sindicato do setor no estado de São Paulo. Com o aumento, muitos funcionários também não conseguiriam sequer manter o plano devido ao custo.
Os trabalhadores afirmam ainda que a direção de Furnas que alterar o plano com base em uma liminar de processo de dissídio instaurado pela própria empresa no Tribunal Superior do Trabalho (TST). Assim, a greve dos trabalhadores pede que nada seja alterado até uma decisão final da Justiça.
A greve prossegue
O boletim de greve divulgado pela Intersindicais Furnas, na noite desta segunda-feira (17/1), informou que “o primeiro dia de greve foi um enorme sucesso em Furnas, em todas as bases do Brasil. A despeito da truculência e do assédio, os trabalhadores de Furnas se mostraram maduros e organizados”.
O boletim ainda denuncia que “de forma dissimulada e cínica, a gestão do presidente de Furnas, Pedro Brito, tenta ludibriar a força de trabalho com quinquilharias como “mudança de cultura”, ameficação, startups,inovação de padaria, mindset, webinar de qualquer coisa. Tudo isso é pano de fundo para precarização nas condições de trabalho, demissões, coação, apelação rasteira, assédio, mudança de sede…”
Os sindicatos comunicam que os serviços essenciais, previstos na lei de greve, e indispensáveis ao atendimento das necessidades inadiáveis à população, estão sendo cumpridos com 100% do contingente da operação da empresa.