Greve dos petroleiros já atinge 10 refinarias e 12 unidades da Petrobras
Petroleiros aderiram em massa à greve geral convocada pela CUT e demais centrais sindicais nesta sexta-feira (14). Confira
Publicado: 14 Junho, 2019 - 11h24 | Última modificação: 14 Junho, 2019 - 11h35
Escrito por: FUP
Os petroleiros das bases da Federação Única dos Petroleiros (FUP) aderiram em massa à greve geral convocada pela CUT e demais centrais sindicais para esta sexta-feira (14). Unidades do Sistema Petrobrás em 12 estados do país estão com mobilizações, cortes de turno nas áreas operacionais e grande participação também dos trabalhadores do regime administrativo.
Com a adesão nesta manhã dos petroleiros da Refinaria de Lubrificantes e Derivados do Nordeste (Lubnor), já são 10 as unidades de refino sem trocas de turnos.
A participação dos petroleiros na greve geral teve início na madrugada, com os ônibus fretados pela Petrobrás chegando vazios às principais refinarias da empresa.
Os petroleiros também não entraram para trabalhar no turno da zero hora no Terminal Aquaviário de Suape, em Pernambuco, na Termelétrica Aureliano Chaves, em Minas Gerais, na SIX (unidade de processamento de xisto, no Paraná) e na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados da Bahia.
Na Bacia de Campos, a categoria está desde as primeiras horas do dia realizando Operação Padrão nas plataformas, com a execução de todos os procedimentos com o máximo de rigor e critério possível.
Pela manhã, a greve ganhou o reforço dos trabalhadores da Transpetro e das demais unidades do Sistema Petrobrás. A categoria também participará dos atos unificados desta sexta, convocados pelas centrais sindicais, nas principais cidades e capitais do país.
Refinarias que estão sem troca de turno:
Duque de Caxias (Reduc/RJ), Gabriel Passos (Regap/MG), Landulpho Alves (Rlam/BA), Abreu e Lima (PE), Manaus (Reman), Paulínia (Replan/SP), Mauá (Recap/SP), Presidente Getúlio Vargas (Repar/PR), Alberto Pasqualini (Refap/RS) e Lubnor (CE).
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Contra o desmonte da Previdência, da Petrobrás e do Brasil
Além de impedir o fim da Previdência Pública, a categoria petroleira se mobiliza contra a privatização do Sistema Petrobrás, em defesa da soberania nacional e por políticas públicas que levem à retomada da atividade econômica, gerando empregos, com trabalho decente e renda digna.
O presidente da Petrobrás, Castello Branco, sob o comando do governo Bolsonaro, colocou à venda refinarias, fábricas de fertilizantes, dutos, campos de petróleo e várias das subsidiárias, cuja privatização foi liberada pelo STF, sem necessidade de licitação e tampouco autorização do Congresso Nacional.
Os direitos dos trabalhadores também estão sob ameaça, com a proposta da Petrobrás de desmonte do Acordo Coletivo, reajuste zero e ataques à liberdade sindical. Os petroleiros rejeitaram o pacote de maldades e reagiram às mentiras e às ameaças dos gestores, com participação massiva nas assembleias. A próxima resposta virá nesta sexta, com adesão total à greve geral.
De norte a sul, petroleiros se mobilizam
Amazonas
Os trabalhadores da Reman aderiram à greve, cortando a rendição do turno à zero hora e prosseguem na paralisação por 24 horas. Pela manhã, os trabalhadores do administrativo e da Transpetro se somam à mobilização e às 15h, seguem para o ato unificado das centrais, na Praça da Saudade, no Centro de Manaus.
Ceará
Os trabalhadores da Lubnor (CE) participam de ato político no início da manhã, em frente à unidade. A partir das 10h, os petroleiros se somam às outras categorias, na manifestação da Praça da Bandeira, em Fortaleza.
Rio Grande do Norte
Os petroleiros aderiram à greve geral nas principais bases do Sistema Petrobrás e participam dos atos conjuntos que serão realizados com outras categorias em Mossoró e em Natal.
Pernambuco
Na Refinaria Abreu e Lima e no Terminal Aquaviário de Suape, não houve troca de turno e os trabalhadores seguem na greve desde à zero hora. Pela manhã, os petroleiros do administrativo somam-se à paralisação. Às 14h, a categoria segue pra o Centro de Recife, onde será realizado o ato unificado da greve geral.
Bahia
Os petroleiros da Rlam e da Fafen aderiram à greve cortando a rendição no final da noite desta quinta. No início da manhã, os trabalhadores da PBIO, Termelétricas, Transpetro, OP-CAN e UO-BA se somam ao movimento.
Em frente ao edifício sede da Petrobrás, em Salvador (EDIBA), será realizado um ato político contra a privatização da Petrobrás. À tarde, os petroleiros se somam à manifestação unificada com outras categorias, que será realizada no Campo Grande.
Espírito Santo
Os petroleiros das plataformas, terminais e campos terrestres se mobilizam nesta sexta. Pela manhã, os trabalhadores da ativa e aposentados participam de ato político em frente à sede administrativa da Petrobrás em Vitória (Edivit). À tarde, os petroleiros se unem às outras categoria no ato unificado, às 13 horas, em frente a Federação da Indústria do ES (FINDES). Nos municípios de Linhares e São Mateus, os petroleiros também se mobilizam e participam das manifestações de rua.
RJ - Duque de Caxias
Na Refinaria Duque de Caxias (Reduc), os petroleiros que entrariam às 23h não renderam o turno anterior, dando início à paralisação de 24 horas. Pela manhã, os trabalhadores do horário administrativo da Reduc se somam à paralisação, que também contará com a adesão dos petroleiros do Terminal de Campos Elíseos (Tecam) e da Termelétrica Governador Leonel Brizola (UTE-GLB).
RJ - Norte Fluminense
Os trabalhadores das plataformas e demais unidades operacionais do Sistema Petrobrás na Bacia de Campos seguem a orientação do Sindicato de realizar operações padrão e debates em grupo, com levantamento sobre os principais problemas de saúde e segurança de cada local de trabalho.
Nas bases administrativas, os trabalhadores participam dos atos públicos na região. Em Macaé, haverá protestos a partir das 12h, no Calçadão. Em Campos, as mobilizações também serão no Calçadão, mas a partir das 14h.
Minas Gerais
Os petroleiros da Regap cortaram a rendição do turno às 23h30 de quinta e prosseguem na paralisação de 24 horas. Pela manhã, a categoria participa do ato público, no centro de Belo Horizonte, às 11h, na Praça Afonso Arinos.
São Paulo
A paralisação teve início à zero hora nas refinarias de Paulínia (Replan) e Mauá (Recap), com cortes na rendição do turno.
Pela manhã, os trabalhadores do horário administrativo das duas refinarias se somam à greve, assim como os petroleiros dos terminais da Transpetro, dos prédios administrativos do Sistema Petrobrás e das duas termelétricas que integram a base do Sindipetro Unificado.
Paraná e Santa Catarina
Os trabalhadores da Repar, da Araucária Nitrogenados e da Unidade de Xisto, em São Mateus do Sul (SIX), cortaram a rendição do turno à zero hora.
Pela manhã, os petroleiros do Terminal de Paranaguá (Tepar) aderem às mobilizações. Em Santa Catarina, os trabalhadores dos terminais da Transpetro (Tefran, Ediville, Temirim e Tejaí) também cruzarão os braços e participarão de ato às 09h, na Praça da Bandeira, em Joinvile.
Rio Grande do Sul
Na Refap, não houve rendição do turno da meia noite Pela manhã, o movimento ganha o reforço dos trabalhadores do horário administrativo e também dos petroleiros dos terminais da Transpetro, no Tenit (Canoas), Terig (Rio Grande), Tedut (Osório) e da termelétrica Sepé de Tiaraju (UTE). No final da tarde, os trabalhadores participam de ato unificado no Centro de Porto Alegre, na Esquina Democrática.
[FUP]