Escrito por: Redação CUT
Os atos ocorrem em todo o País e são em defesa da Petrobrás, dos empregos, do cumprimento do acordo mediado pelo TST e pela mudança da política de preços para a cobrança de valores justos dos combustíveis
Desde as primeiras horas da manhã desta segunda-feira (25), os trabalhadores e trabalhadoras da Refinaria de Paulínia (Replan) e da Refinaria de Capuava (Recap), em Mauá/SP, pararam as atividades e se concentraram nas portarias das unidades para iniciar as mobilizações marcadas para esta semana.
Os atos que ocorrem em todo o Brasil são em defesa da Petrobrás, dos empregos, do cumprimento do acordo coletivo mediado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) e pela mudança da política de preços para a cobrança de valores justos dos combustíveis. Os Petroleiros querem ainda alertar a sociedade sobre os riscos – para o consumidor, o meio ambiente e os trabalhadores do setor (incluindo os terceirizados) – da política de demissões em massa e da venda de ativos da Petrobras. O movimento tem tempo determinado e prossegue até sexta-feira (29).
Os petroleiros decidiram manter a mobilização apesar da decisão do TST que, na sexta-feira (22), acatou pedido de liminar feito pela estatal impedindo a greve por considerar que o movimento põe em risco o abastecimento nacional de combustíveis.
“Cientes da decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST), os petroleiros deixam claro que sua mobilização não fere as determinações legais, mas sim se encaixam perfeitamente neste momento de especial atenção da população com o desmonte de instituições sólidas”, afirma a FUP, em comunicado distribuído à imprensa e publicado no site da entidade.
Na Replan, petroleiros bloquearam a portaria Sul da refinaria. A ação foi uma resposta ao comportamento irresponsável da gestão da Replan, que decidiu tomar nesta manhã medidas totalmente contrárias ao acordo de regramento do movimento.
Os trabalhadores da refinaria aproveitaram o dia para fazer uma campanha de doação de sangue ao Hemocentro da Unicamp, em Campinas, uma das ações de solidariedade que a FUP propôs realizar durante a semana de mobilizações.
Os trabalhadores de cidades afetadas pelas manchas de óleo que estão vindo do alto mar vão continuar ajudando na limpeza das praias.
Gustavo Marsaioli, coordenador da Regional Campinas
Na Recap, os trabalhadores do turno e do administrativo realizaram um atraso de oito horas. Os companheiros terceirizados também aderiram ao movimento, entrando após a realização do ato na portaria da refinaria. A troca de turno só vai ocorrer no período da tarde.
Segundo relato do diretor Auzélio Alves, a gerência da refinaria colocou supervisores substituindo trabalhadores que estavam no turno dentro da empresa para que as PTs fossem liberadas.
Com informações de Norian Segatto.