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Greve geral contra a reforma da Previdência para o Brasil

Os trabalhadores aderiram em massa à greve geral contra a reforma da Previdência do governo Bolsonaro. Em mais de 375 cidades, incluindo as capitais do país, houve atos pelo direito de se aposentar

Publicado: 14 Junho, 2019 - 16h49 | Última modificação: 14 Junho, 2019 - 19h47

Escrito por: Rosely Rocha

Jesus Carlos
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Drone mostra Avenida Paulista na noite desta sexta-feira (14)

O dia foi de paralisações e atos dos trabalhadores e trabalhadores em todo o país, contra a reforma da Previdência do governo de Jair Bolsonaro (PSL), por mais empregos e contra os cortes na educação. Transporte, saúde, educação, energia, metalurgia, petróleo e gás, além de servidores públicos de todas as áreas, além de outras categorias, pararam  nesta sexta-feira (14), dia da greve geral.

No total, mais de 45 milhões de brasileiros pararam as atividades e se manifestaram contra as novas regras da aposentadoria que, mesmo após as alterações feitas pelo relator da reforma, Samuel Moreira (PSDB-SP), prejudica trabalhadores e trabalhadoras com medidas como a obrigatoriedade da idade mínima, aumento do tempo de contribuição e mudanças no cálculo do benefício. Além disso, protestaram contra o caos econômico e a falta de uma política de investimentos que gere emprego e renda. 

Houve atos em mais de 375 cidades, incluindo as capitais do país, como mostra o Mapa Interativo, produzido pelo Armazém Memória e Comissão Justiça e Paz de SP, com apoio da CUT e da UNE. 

Na Avenida Paulista, em frente à sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), 50 mil pessoas se reuniram contra a reforma da Previdência. O ato teve apoio da CUT e de diversas centrais sindicais, além do sindicato dos professores de São Paulo, saúde e metalúrgicos, e das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo. 

Roberto PerizottiRoberto Perizotti
Presidente da CUT,Vagner Freitas, discursa no ato contra a reforma da Previdência, na Avenida Paulista

No ato, o presidente da CUT, Vagner Freitas, agradeceu a população, aos estudantes e professores e professoras , aos ex-candidatos do PT à eleição presidencial Fernando Haddad e do PSOL Guilherme Boulos e à presidenta do PT, deputada Gleisi Hoffmann, que também participaram da manifestação. 

Segundo ele, o Brasil e  a CUT deram um recado a Bolsonaro e ao ministro da Economia, o banqueiro Paulo Guedes, de que são contra a reforma da Previdência proposta pelo seu governo, são contra a capitalização e querem empregos.

“O relatório [de Samuel Moreira] é ruim. Não concordamos. Ele é melhor que a reforma do Bolsonaro, mas também retira direitos, portanto, não vamos arrefecer a luta só porque tiraram a capitalização e outras medidas. A CUT vai continuar organizando greves até derrubar totalmente esta reforma”.

Vagner criticou ainda a falta de uma política econômica que gere emprego e renda. Segundo ele, o país está parado e inerte , enquanto o governo se esconde atrás da aposentadoria do pensionista para resolver a crise econômica.

Crise se resolve com reforma tributária, com política de crescimento, fiscal e cambial, e não entregar o Brasil aos interesses internacionais. Nós também só sairemos das ruas quando Lula estiver livre. Essas são as nossas propostas e não vamos aceitar nenhuma reforma e faremos outra greves
- Vagner Freitas

Veja como foram os atos da tarde em outras cidades:

Na capital do Paraná, Curitiba, houve caminhada contra a reforma da Previdência. Trabalhadores de diversas categorias ocuparam as ruas da cidade.

Manolo RodriguesManolo Rodrigues

Ainda no Paraná, a população da cidade de Matinhos, no litoral, também aderiu ao movimento contra a reforma da Previdência do governo de Jair Bolsonaro.

Já no interior do Estado, teve manifestação dos moradores da cidade de Paranavaí e Guarapuava.

Paranavaí

 

Amilton SantosAmilton Santos
Guarapuava 

 

Também no Paraná, em Ponta Grossa, os manifestantes, em sua maioria estudantes, sairam às ruas contra os retrocessos do governo e a reforma da Previdência.

 

Ismael FreitasIsmael Freitas

No município, no Norte Pioneiro (PR), o ato foi promovido pela Frente Ampla Democrática, constituída de sindicatos, estudantes, e organizações populares. Os manifestantes realizaram uma caminhada pelas ruas do Centro da cidade.

Fotos: Frente Ampla Democrática, MST e Diretório Acadêmico da UENPFotos: Frente Ampla Democrática, MST e Diretório Acadêmico da UENP

Ainda na região sul do país, mai de 30 mil pessoas saíram em passeata pelas ruas de Florianópolis, Santa Catarina, contra reforma da Previdência e contra os cortes na educação.  Os manifestantes com palavras de ordem davam o recado: “A nossa luta unificou, é estudante junto com trabalhador”

No Rio Grande do Sul, a população de Foz do Iguaçu também foi às ruas contra a reforma da Previdência do governo Bolsonaro.

André Alliana / PT Foz do IguaçuAndré Alliana / PT Foz do Iguaçu

Em Cuiabá, Mato Grosso, região centro-oeste do país, os manifestantes se reuniram na Praça Ipiranga.

 

Na Paraíba, trabalhadores e trabalhadoras de João Pessoa realizaram um ato político no Parque Solon de Lucena.

Em Salvador, após o ato na Rótula do Abacaxi, os manifestantes saíram em passeata pelas principais vias da cidade.

Ainda em Salvador, o comércio da Avenida Sete ficou parado para a ato da greve geral passar.

 

 

Na capital do Rio de Janeiro, o palco das manifestações foi a Candelária, que ficou lotada de manifestantes contra a reforma da Previdência, os cortes na educação e por mais emprego e renda.

 

Veja abaixo imagens transmitidas ao vivo pela CUT Rio.

 

 

Ainda no estado do Rio de Janeiro, teve manifestação de movimentos sociais, estudantil, sindicatos, professores e sociedade civil se manifestam no centro de Campos dos Goytacazes,(RJ), na praça São Salvador, contra a reforma da Previdência e os cortes na educação.

Coletivo MSTColetivo MST

Em Paraty, litoral do Rio de Janeiro, o ato foi em frente à rodoviária da cidade, reunindo centenas de pessoas, em sua maioria estudantes.

 

Em Santos, no litoral sul de São Paulo, a concentração dos manifestantes foi no início da noite,em frente à Estação da Cidadania, na Avenida Ana Costa, no bairro Campo Grande, divisa com Gonzaga.

Eduardo CaetanoEduardo Caetano

Na capital de Sergipe, Aracaju, os manifestantes sairam em caminhada do centro comercial e seguiu até a zona sul da cidade. 

Caroline SantosCaroline Santos

Já na Capital do Rio Grande do Norte, Natal, a concentração foi na calçada Midway. Depois, os manifestantes seguiram para a Praça Mirassol.

 

No interior do Estado, na cidade de Caicó, também teve manifestação contra a reforma da Previdência.