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Greve geral já começou com sucesso, diz presidente da CUT

Vagner Freitas fala ao Jornal da CUT sobre os primeiros momentos da mobilização. Para ele, a greve, além de ser contra a reforma da Previdência, demonstra insatisfação clara do povo brasileiro com Bolsonaro

Publicado: 14 Junho, 2019 - 08h10 | Última modificação: 14 Junho, 2019 - 08h16

Escrito por: Andre Accarini

Foto: Vanilda Oliveira / Arte: Edson Rimonatto
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Em entrevista ao Jornal da CUT, Vagner Freitas, presidente nacional da central, falou sobre os primeiros momentos da greve geral deste dia 14 de junho, contra a reforma da Previdência, pela retomada do crescimento econômico, geração de emprego e renda e em defesa da educação.

Na avaliação do dirigente, que já esteve com os trabalhadores da Volkswagen que aderiram à paralisação, a greve foi construída para ser um grande movimento que vai mostrar a Jair Bolsonaro (PSL) a insatisfação dos trabalhadores e trabalhadoras com a condução do governo.

“É para ficar claro que o trabalhador não quer deixar de ter o direito de se aposentar e é um recado forte ao governo, de que tem que ter política de crescimento”, afirmou Vagner ao Jornal da CUT.

Povo foi enganado por Bolsonaro

As mobilizações dos dias 15 e 30 de maio, que levaram milhões de pessoas às ruas, em defesa da educação e contra os cortes de recursos para o setor foram preparativas para greve geral. Vagner explica que a forte mobilização, principalmente no dia 15 de maio, se deu por causa da organização sindical e porque o brasileiro se sentiu engando. Não podemos esquecer que essa mobilização foi convocada e organizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), a princípio contra a reforma. Depois que o governo anunciou os cortes na educação, essa pauta foi incorporada à mobilização.

“Mentira tem perna curta. Ele mentiu para o povo, disse que ia resolver, mas agravou problemas. As propostas eram engodo e agora o povo sabe que está abandonado porque os trabalhadores não têm governo”, diz Vagner.

O governo odeia os trabalhadores. Desde o início propõe retirada de direitos e a greve geral demonstra que até mesmo quem votou em Bolsonaro está decepcionado
- Vagner Freitas


Vagner também conclama a participar da greve quem não trabalha: “hoje é dia de ficar em casa. Dona de casa não vai ao supermercado, estudante não vai à escola, ninguém consome nada, para mostrar que nós temos forças para parar o país”.

Ouça o Jornal da CUT: