Escrito por: Edilson Lenk / CUT-ES
Com a adesão maciça de trabalhadores e movimentos sociais, manifestação foi vitoriosa
O recado foi dado. Os trabalhadores e trabalhadoras do Brasil não vão aceitar a imposição de retrocessos e o corte de direitos patrocinados pelo governo ilegítimo de Temer e por um congresso que não representa a sociedade brasileira.
A Grande Vitória parou nessa sexta-feira, 28 de abril. Muito pouco das atividades rotineiras da região funcionou nesse dia. E, ao contrário do que a golpista Globo e parte da mídia propaga, a greve não foi um sucesso por que os trabalhadores foram impedidos de ir ao trabalho. Ela foi vitoriosa por que os trabalhadores, em sua imensa maioria, aderiram ao movimento e ficaram em casa.
O fato é que não há trabalhador com um mínimo de informação que aceita o ataque constante e permanente como vem sendo feito pelos golpistas brasileiros. O que se tem é um golpe a serviço das elites empresariais do país e que quer impor perdas inaceitáveis aos trabalhadores.
Em todo o país não foi diferente. As capitais e grandes cidades paralisaram atividades e mostraram a sua insatisfação com a atual situação do país.
Na data em que se comemora os 100 anos da primeira greve geral no Brasil o país parou de novo. Todas as centrais sindicais, todos os sindicatos e movimentos sociais participantes estão de parabéns no recado que mandaram aos deputados e senadores de que não vão aceitar retrocessos e a imposição de uma agenda exclusivamente empresarial para o país.
No interior do Espírito Santo várias cidades também contaram com manifestações, com sindicalistas e ativistas sociais bloqueando estradas, servidores públicos paralisando suas atividades e dialogando com a população, como aconteceu em Aracruz, São Mateus, Linhares, entre outros municípios.
A ordem agora é manter o estado de alerta e continuar a luta contra a Reforma da Previdência e contra a aprovação da Reforma Trabalhista no Senado Federal
Milhares de pessoas compareceram em frente à Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes) no grande ato unificado convocado pelas centrais sindicais e movimentos sociais contra a Reformas da Previdência e a Reforma Trabalhista. O ato foi a última atividade da Greve Geral realizada no Estado.
Ali os trabalhadores deram o recado de que não vão aceitar que o Brasil seja governado apenas para atender interesses do empresariado e de banqueiros. Os direitos trabalhistas precisam ser respeitados e deve ter direito à aposentadoria.
Tal como aconteceu no restante do país, a greve geral foi vitoriosa no Espírito Santo, com adesão maciça e aprovação da sociedade. A classe trabalhadora capixaba se mostrou unida e articulada com os movimentos sociais na luta por direitos e contra os retrocessos que querem impor no Brasil.
E a luta continua!