Escrito por: Condsef/Fenadsef
Em 36 hospitais e na sede da empresa em 19 estados e o Distrito Federal os trabalhadores estão parados há 7 dias lutando por direitos
Entra no sétimo dia a greve por direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que presta serviços de assistência médico-hospitalar, ambulatorial e de apoio diagnóstico e terapêutico à comunidade, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
Nessa terça-feira (27), os trabalhadores estavam parados em 36 hospitais e na sede da empresa em 19 estados e no Distrito Federal. E de acordo com lideranças sindicais, a partir desta quinta-feira (29), o movimento será ampliado com adesão dos trabalhadores do Hospital Universitário da Federal de São Carlos (HU-UFSCar), em São Paulo.
De acordo com os representantes dos trabalhadores, a direção da empresa insiste em continuar em silêncio se negando ao diálogo, enquanto intimida e assedia trabalhadores que respondem com o fortalecimento do movimento.
Em meio ao avanço da luta por direitos, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) enviou notificação para uma reunião de mediação nessa quinta (29), às 10 horas.
Reivindicações
Os trabalhadores e trabalhadoras da Ebserh, empresa pública de direito privado, vinculada ao Ministério da Educação, reivindicam 22,3% de reajuste linear na tabela salarial vigente de todos os empregados, estendido ao auxílio saúde e auxílio à pessoa com deficiência.
Reivindicam ainda o pagamento de 100% do retroativo considerando o período desde o vencimento do último Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) da categoria até o momento da assinatura dos acordos em 2022.
Estão em aberto os ACTs de 2020/2021, 2021/2022 e 2022/2023.
Leia mais: Saiba o que é ACT e quem se beneficia com a negociação feita pelos sindicatos
Além disso, os trabalhadores reivindicam acréscimo de R$ 600 ao salário base do cargo de Assistente Administrativo, além do reajuste linear na tabela vigente; e a manutenção de todas as cláusulas sociais do ACT vigente, observada a inclusão dos ajustes das cláusulas onde há consenso entre as partes.
"A cada momento que a direção impõe o silêncio a greve cresce. A cada ameaça da direção, a mobilização aumenta", afirma o secretário-geral da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef)/ Federação Nacional dos Trabalhadores do Serviço Público Federa (Fenadsef), Sérgio Ronaldo da Silva, que reforça a importância do movimento crescente de mobilização dos empregados para o êxito da luta.
"Continuem atentos, mobilizados, a pressão está surtindo efeito", reforça Sérgio em vídeo dirigido à categoria. Vale destacar que a categoria segue cumprindo todas as determinações exigidas por liminar do TST mantendo os percentuais de trabalhadores e assegurando serviços essenciais enquanto luta pela manutenção de seus direitos.
Assista
A expectativa é de que na reunião convocada pelo TST seja possível chegar a um consenso capaz de dissolver os impasses instalados no processo de negociações de acordo coletivo entre direção da Ebserh e empregados da empresa pública. "Se a Ebserh não se mexer, a greve vai crescer", avisam os empregados em luta por seus direitos.