Escrito por: Redação CUT
Categoria denuncia negligência da Petrobras no combate a pandemia nas unidades da estatal
Os petroleiros da região Norte Fluminense entram em greve por tempo indeterminado nesta segunda-feira (3) para protestar contra a Petrobras, que está expondo tanto os trabalhadores próprios quanto os terceirizados ao risco de contaminação com o novo coronavirus, o SARS-CoV-2.
O anúncio da paralisação foi feito pelo Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF) na noite da última quinta-feira (29), após a entidade ter protocolado o comunicado de greve junto à Petrobras.
O sindicato, que representa petroleiros das plataformas da Bacia de Campos e das bases de terra, tem denunciado a ocorrência de surtos de Covid-19, doença provocada pelo novo vírus, em plataformas, e também a negligência na prevenção em bases de terra e aeroportos.
Além de não adotar recomendações de prevenção à Covid-19 feitas pelo sindicato e pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), com base nas orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS), referendadas pela Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a empresa tem praticado imposições unilaterais de trabalho, com adoção de escalas de embarque que ultrapassam os 14 dias a bordo descumprindo a lei 5.811/72.
No site, o sindicato informa que a greve petroleira não vai gerar impactos para a população, afastando qualquer risco de desabastecimento de combustíveis.
A mobilização, explicam será feita por meio de adoção de procedimentos internos que garantam a saúde e a segurança dos trabalhadores, como a recusa à permanência por mais de 14 dias a bordo e o cumprimento rigoroso de todos os procedimentos sanitários em todos os locais de trabalho.
A orientação do Sindipetro-NF para esse primeiro dia de greve é que os trabalhadores se apresentem nos hotéis e realizem os testes normalmente.
Na noite de deste domingo foi entregue um novo documento exigindo que a Petrobras cumpra a lei.