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Greve se espraia em Belo Horizonte

Publicado: 13 Março, 2008 - 17h08

Escrito por: Empresas têm atendimento por telefone comprometido

O atendimento à população para os serviços da Prefeitura de Belo Horizonte, BHtrans, Cemig, Copasa, TIM entre outras empresas está comprometido. Os trabalhadores da empresa AeC, prestadora de serviço de teleatendimento, estão em greve desde quarta-feira (12) por melhores salários.

A empresa que paga um salário de R$365,00 para os teleoperadores é responsável pelo atendimento da operadora de telefonia móvel TIM e até mesmo de órgãos governamentais, como a Prefeitura de BH, BHtrans, Cemig, Copasa e Governo do Estado.

Manifestações de repúdio a precarização do serviço de Teleatendimento foram feitas nos plenários da Câmara Municipal de BH e na Assembléia Legislativa do Estado. O deputado Estadual Carlin Moura (PcdoB) protestou na tribuna do plenário da Assembléia contra as péssimas condições de trabalho em que os teleoperadores são submetidos e a falta de fiscalização por parte dos órgãos competentes. O vereador Arnaldo Godoy (PT) foi mais um parlamentar que chamou a atenção da Câmara Municipal de BH para a falta de uma legislação mais rígida no setor.

O Sinttel-MG (sindicato dos trabalhadores em Telecomunicações de Minas Gerais) está mobilizando os empregados da AeC para um ato, na porta da sede da empresa (avenida Afonso Pena, 550), às 15 horas.

O coordenador do Sinttel, Fernando Cançado, afirma que enquanto a AeC não apresentar uma proposta de reajuste dos salários a greve vai continuar. Neste momento os trabalhadores em greve estão concentrados na porta da empresa.

Teleatendimento (Call Center) é o setor que mais contrata e o que mais demite

De acordo com a ABT (Associação Brasileira de Telesserviços), o setor tem registrado um crescimento médio de 10% ao ano, seja em faturamento ou em geração de empregos. A associação aponta que, em 2007, 750 mil pessoas terminaram o ano trabalhando nas centrais de atendimento distribuídas por todo o Brasil. Já o faturamento foi em torno de R$ 4,5 bilhões, somente entre as empresas terceirizadas.

Os call center estão entre as empresas que mais empregam no país com carteira assinada. O setor tem sido a principal porta de entrada de jovens sem experiência no mercado de trabalho, além de possibilitar o regresso ao mercado, principalmente para mulheres que se afastaram, por exemplo, para se dedicar à família.

E claro que a contratação de jovens inexperientes e mulheres de mais de 40 anos é algo louvável. Porém, as empresas preferem este perfil de trabalhador, que aceitam mais facilmente as adversidades da profissão.

Evolução do emprego em telesserviços

1995: 70,5 mil

1996: 99,3 mil

1997: 139,8 mil

1998: 259 mil

1999: 370 mil

2000: 400 mil

2001: 450 mil

2002: 465 mil

2003: 500 mil

2004: 550 mil

2005: 615 mil

2006: 675 mil

2007: 750 mil

2008: 825 mil (expectativa)

Até 2010: 1 milhão (expectativa)

Fonte: ABT – Associação Brasileira de Telesserviços

Número aproximado de operadores de telemarketing em Minas*

Contax – 6 mil

ACS – 5 mil

Brasil Center – 3.950

A&C – 3 mil

Telemig – 2 mil

Atento – 1.500

Alma viva – 1.500

Fonte: Sinttel-MG

*maiores empresas – não dá para mensurar o número total de trabalhadores do Estado, já que existem empresas até com 1 atendente.

Mais informações:

Diretor do Sinttel-MG – Alexandro Luiz: 9123-5936

Assessoria de Imprensa - Fabrício Menezes: 9109-0562 ou 3279-2035