Grevistas clamam por Justiça e vão ao Supremo protocolar pedidos de audiência
Militantes querem que STF paute análise das ADC’s nºs 43 e 44, que tratam do direito constitucional de Lula se defender em liberdade da condenação sem crimes nem provas
Publicado: 08 Agosto, 2018 - 13h04 | Última modificação: 08 Agosto, 2018 - 19h13
Escrito por: Redação CUT
Os militantes que estão em Greve de Fome em defesa da liberdade do ex-presidente Lula e contra a penúria do povo brasileiro, desde o dia 31 de julho, retornaram, nesta terça-feira (7), ao Supremo Tribunal Federal (STF), para protocolar pedido de onze audiências, endereçados a todos os ministros da Corte. Eles querem que a presidente do STF, Cármen Lúcia, paute para votação no plenário as Ações Declaratórias de Constitucionalidade (ADC’s) sobre a questão da prisão após condenação em segunda instância, como é o caso de Lula.
No documento endereçado à ministra Cármen Lúcia, os grevistas solicitam o agendamento de audiência o mais breve possível e especificam que querem falar sobre as ADC’s nºs 43 44, que tratam do direito constitucional que o ex-presidente Lula tem de poder se defender em liberdade da condenação sem crimes nem provas, a que foi submetido pela Justiça do Paraná.
Na primeira tentativa de protocolocar os documentos, os grevistas foram impedidos de entrar na sede do Supremo. Só conseguiram após muita negociação.
O deputado federal e líder da bancada do PT na Câmara, Paulo Pimenta, um dos parlamentares que acompanhou o grupo, criticou a maneira como os ministros tratam os cidadãos. “É um absurdo que sete cidadãos brasileiros se dirijam ao Supremo Tribunal Federal para protocolar um documento solicitando uma audiência e sejam recebidos com um aparato policial montado”.
Zonália Santos, uma das grevistas, não pode ir ao STF porque, segundo o médico que acompanha os grevistas, Dr. Ronald Wolff, precisou ir até o hospital para realizar exames. Já Cicero Ezequiel Zuza Filho, que está solidariamente e de forma espontânea em greve de fome há quatro dias em frente ao STF, somou-se aos grevistas durante o ato.
Após a atividade, os grevistas retornaram ao Centro Cultural de Brasília, onde estão alojados e têm recebido as visitas de solidariedade. Os indígenas Guarani e Kaiowá, do Estado do Mato Grosso do Sul, que pela parte da manhã haviam realizado uma visita aos militantes, num momento de muita mítica, oração e sabedoria, seguiram em vigília em frente ao STF.