Escrito por: Redação CUT
Militantes querem que STF paute análise das ADC’s nºs 43 e 44, que tratam do direito constitucional de Lula se defender em liberdade da condenação sem crimes nem provas
Os militantes que estão em Greve de Fome em defesa da liberdade do ex-presidente Lula e contra a penúria do povo brasileiro, desde o dia 31 de julho, retornaram, nesta terça-feira (7), ao Supremo Tribunal Federal (STF), para protocolar pedido de onze audiências, endereçados a todos os ministros da Corte. Eles querem que a presidente do STF, Cármen Lúcia, paute para votação no plenário as Ações Declaratórias de Constitucionalidade (ADC’s) sobre a questão da prisão após condenação em segunda instância, como é o caso de Lula.
No documento endereçado à ministra Cármen Lúcia, os grevistas solicitam o agendamento de audiência o mais breve possível e especificam que querem falar sobre as ADC’s nºs 43 44, que tratam do direito constitucional que o ex-presidente Lula tem de poder se defender em liberdade da condenação sem crimes nem provas, a que foi submetido pela Justiça do Paraná.
Na primeira tentativa de protocolocar os documentos, os grevistas foram impedidos de entrar na sede do Supremo. Só conseguiram após muita negociação.
O deputado federal e líder da bancada do PT na Câmara, Paulo Pimenta, um dos parlamentares que acompanhou o grupo, criticou a maneira como os ministros tratam os cidadãos. “É um absurdo que sete cidadãos brasileiros se dirijam ao Supremo Tribunal Federal para protocolar um documento solicitando uma audiência e sejam recebidos com um aparato policial montado”.
Zonália Santos, uma das grevistas, não pode ir ao STF porque, segundo o médico que acompanha os grevistas, Dr. Ronald Wolff, precisou ir até o hospital para realizar exames. Já Cicero Ezequiel Zuza Filho, que está solidariamente e de forma espontânea em greve de fome há quatro dias em frente ao STF, somou-se aos grevistas durante o ato.
Após a atividade, os grevistas retornaram ao Centro Cultural de Brasília, onde estão alojados e têm recebido as visitas de solidariedade. Os indígenas Guarani e Kaiowá, do Estado do Mato Grosso do Sul, que pela parte da manhã haviam realizado uma visita aos militantes, num momento de muita mítica, oração e sabedoria, seguiram em vigília em frente ao STF.
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