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Grupo Folha é condenado por execração pública no caso da Escola Base, em SP

Publicado: 03 Junho, 2008 - 15h33

O Tribunal de Justiça de São Paulo condenou, 14 anos depois, o Grupo Folha da Manhã, que publica o jornal "Folha de São Paulo", a pagar indenização de R$ 200 mil para R.F.N, por conta das matérias publicadas sobre o caso da Escola Base.

O jornal afirmou na época que o garoto, hoje com 18 anos, teria sofrido abuso sexual dos próprios pais. Ele é filho de um dos casais acusados sem provas no caso da Escola Base.

"A conduta do jornal, juntamente com outros órgãos de imprensa, contribuiu para criar uma situação anormal, não experimentada não só para os adultos envolvidos", afirmou em seu voto o desembargador Oldemar Azevedo.

O caso da Escola Base transformou-se num dos principais exemplos da execração pública e das acusações sem prova feitas por parte da imprensa. Com base em laudos preliminares e na acusação de algumas mães, esses jornais acusaram e "condenaram" seis pessoas por supostos abusos sexuais em crianças numa escola de educação infantil, localizada no bairro da Aclimação. Uma das manchetes do jornal "Folha da Tarde", pertencente ao grupo de Otávio Frias, foi a seguinte: "Perua escolar carregava as crianças para a orgia".

Outros grupos de mídia também sofreram condenações pelas notícias divulgadas à época. E o caso dos jornais Folha de S.Paulo (R$ 750 mil) e O Estado de S.Paulo (R$ 750 mil), da Globo (R$ 1,35 milhão) e da Editora Três, responsável pela publicação da revista IstoE, (R$ 360 mil).