Escrito por: Redação CUT
MTS-PR repudiou por meio de nota a opressão policial contra trabalhadores. “Denunciaremos qualquer violência contra aqueles que lutam por direitos”, diz trecho da nota
Trabalhadores e trabalhadoras foram violentamente atacados pela Guarda Municipal na rodovia federal BR 426 (do Xisto), em Araucária, região Metropolitana de Curitiba (PR), nesta sexta-feira (14), dia da greve geral contra a reforma da Previdência de Jair Bolsonaro (PSL), o corte de gastos na educação e por mais empregos.
O ataque ocorreu a cerca de 1 km das unidades da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar) e da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen), ambas da Petrobras, onde ocorria a mobilização.
De acordo com nota de repúdio a opressão policial contra trabalhadores em que denuncia a violência contra os que lutam por direitos, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST-PR), afirmou que a repressão policial, que atirou com balas de borracha atingindo gravemente trabalhadores, ocorreu durante um trancamento parcial da rodovia do Xisto no momento os manifestantes se retiravam do local.
Na nota, o MST-PR afirma que foi um “ataque como covarde e criminoso contra trabalhadores em seu direito à greve”.
Ainda de acordo com a nota, “os tiros acertaram três pessoas, entre eles um companheiro do MST, atingido com uma bala de borracha no rosto. O ferido encontra-se hospitalizado”.
O Portal CUT tem a foto, mas por decisão editorial decidiu não publicá-la porque a mesma é extremamente agressiva.
Para o MST-PR, “a repressão atenta contra a democracia e o direito de greve”. Além disso, diz a nota, “a Rodovia Federal BR 426, está sob jurisdição da Polícia Rodoviária Federal, no entanto os tiros foram disparados pela Guarda Municipal de Araucária, agravando a situação, uma vez que não compete a uma guarda municipal atuar em área federal”.
Para o MST-PR, “a responsabilidade pelo ataque violento é do Secretário de Segurança Pública, Antônio João Franceschi Neto, e do prefeito de Araucária, Hissam Hussein Dehain (PPS), que precisam ser responsabilizados pela ação”.
A nota, a entidade afirma que os trabalhadores têm direito de reivindicar que os “direitos mínimos conquistados pela classe trabalhadora” e que vai lutar “pelo direito à aposentadoria, à educação pública e pela soberania nacional”.
Segundo a nota, participam do ato no momento da agressão, além do MST, a Frente Brasil Popular, o Sindipetro, o Sindiquímica, professores e caminhoneiros.