Guarulhos: Greve dos aeroviários na...

Terminou  na noite de quarta-feira (7) a greve dos aeroviários na Swissport, empresa auxiliar responsável pelo transporte aéreo para os aviões, passageiros e cargas, do Aeroporto Internacional de Guarulhos- GRU Airport.  O movimento, organizado pelo Sindicato dos Aeroviários de Guarulhos (Sindigru/CUT), contou com a adesão de 1200 trabalhadores de todos os turnos da empresa, que paralisaram as atividades desde a noite de terça (6) contra a ameaça de alteração na jornada de trabalho para 8 horas.

Após longa negociação entre dirigentes do Sindicato, a empresa voltou atrás da decisão e cumprirá o que determina a  Lei 1232 de 1962, que regulamenta a profissão de aeroviário: a carga horária na pista é de 6 horas. "Todos os trabalhadores estão de parabéns. Foram firmes e resistentes, em nenhum momento recuaram do movimento. A empresa cedeu na sua insana pretensão de aplicar a jornada de 8 horas que é ilegal", enaltece o presidente do Sindicato, Orisson Melo.

O Sindigru está elaborando um novo Boletim sobre a repercussão vitoriosa da greve dos companheiros  e companheiras na Swissport.

Confira as principais vitórias do movimento grevista na Swissport

​•    Manutenção da jornada de 6 horas e do pagamento dos domingos e feriados;

•    Representação sindical (a empresa se compromete a ficar isenta quanto à representação, ficando a critério dos trabalhadores decidirem);

•    Contribuição sindical para o Sinteata (todo trabalhador que se opor deverá entregar a carta direto no RH da empresa, não sendo necessário ir à sede dos piratas);

•    Atestado médico direto no RH sem passar pelo médico da empresa;

•    Não haverá nenhuma retaliação aos grevistas e nem  desconto referente ao período de greve.

Manifestação na PROAIR/SEA derruba 8h

No dia 22 de abril, os aeroviários na PROAIR/SEA, empresa auxiliar responsável pelo transporte de bagagens e cargas, também realizaram um movimento contra a jornada de 8h.

A luta dos companheiros foi vitoriosa. Após reunião com dirigentes do Sindigru, a gerência de RH da empresa, ligada ao grupo Protege, recuou na implantação da jornada de 8 horas, respeitando a Lei 1232 de 1962.

A PROAIR se comprometeu com o Sindicato a pagar novamente os domingos e feriados, a suspender demissões arbitrárias, a realizar reuniões para discutir o grave problema do assédio moral e também não vai descontar a cesta básica. “Negociamos com a empresa que não desconte o dia parado e que não aconteça nenhuma retaliação aos funcionários que participaram do movimento. Todos estão de parabéns, o trabalhador confia e  reconhece o nosso Sindicato”, declara o presidente do Sindigru/CUT, Orisson Melo.

As negociações com a PROAIR e o Sindigru continuam.