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Haddad chama de” insanidade” rombo na economia de R$ 300 bi deixado por Bolsonaro

Na posse como ministro da Fazenda do governo Lula, Fernando Haddad (PT) diz que mais do que arrumar a casa, é preciso reconstruí-la, após a insanidade de Bolsonaro na condução da economia

Publicado: 02 Janeiro, 2023 - 10h58 | Última modificação: 02 Janeiro, 2023 - 11h10

Escrito por: Brasil 247 | Editado por: Rosely Rocha

Reprodução / EBC
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Fernando Haddad (PT) tomou posse na manhã desta segunda-feira (2, em Brasília, como ministro da Fazenda do governo Lula (PT) e prometeu, em substituição ao malfadado teto de gastos públicos que congelou os investimentos governamentais até 2036,  enviar ao Congresso Nacional ainda no primeiro semestre deste ano uma proposta de uma nova âncora fiscal para o país.

"Assumo com todos vocês o compromisso de enviar, ainda no primeiro semestre, ao Congresso Nacional, a proposta de uma nova âncora fiscal, que organize as contas públicas, que seja confiável, e, principalmente, respeitada e cumprida. (...) Não aceitaremos um resultado primário que não seja melhor do que os absurdos 220 bilhões de déficit previstos no Orçamento para 2023”, declarou.

Haddad também destacou a 'herança maldita' deixada pelo governo de Jair Bolsonaro (PL), especialmente o rombo de R$ 300 bilhões na economia. Segundo o ministro da Fazenda, a inclusão indevida de famílias no programa de transferência de renda, o antigo Auxílio Brasil e a distribuição de benefícios e desonerações fiscais para empresas "Foram duros golpes desferidos contra o povo".

Em seu discurso, Haddad falou em não só "arrumar a casa", mas "reconstruí-la".

“A expressão arrumar a casa tornou-se uma metáfora comum nos discursos dos que iniciam um novo governo uma nova administração. Mas ouso dizer sem o receio de cometer exageros estamos mais próximos da necessidade de reconstruir uma casa do que simplesmente arrumá-la”, declarou.

Ele disse ainda estar honrado em "poder colaborar para esse resgate do nosso país".

Perfil de Fernando Haddad

O ex-prefeito de São Paulo foi ministro da Educação entre 2005 e 2012, nos governos Lula e Dilma Rousseff. Em 2018, foi o representante do Partido dos Trabalha- dores na disputa pela Presidência da República. Haddad perdeu para Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno.

Em 2022, Haddad disputou o governo do estado de São Paulo e foi para o segundo turno com Tarcísio de Freitas, mas perdeu as eleições.

Nascido em São Paulo (SP), Haddad tem 59 anos. Em 1981, ingressou na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, da Universidade de São Paulo (USP), e logo depois começou na militância estudantil, ainda durante o regime militar. Em 1985, se filiou ao Partido dos Trabalhadores (PT).
Especializou-se em direito civil e fez mestrado em economia e doutorado em filosofia pela mesma universidade. Foi professor de teoria política contemporânea do Departamento de Ciência Política da USP e analista de investimento do Unibanco.

Em 2001, iniciou sua vida pública, ao ser nomeado chefe de gabinete da Secretaria de Finanças e Desenvolvimento Econômico da capital, na gestão de Marta Suplicy. Deixou a secretaria no primeiro se- mestre de 2003, quando assumiu a Assessoria Especial do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, na gestão de Guido Mantega, então ministro do Planejamento do governo de Lula. Foi um dos responsáveis pela elaboração da Lei da Parceria Público Privada (PPP).

Com informações da Folha de SP