Haddad cobra das emissoras de TV a manutenção dos debates neste 2º turno
"Compromisso com a democracia não pode ser fraudado pela recusa do deputado Jair Bolsonaro em debater olho no olho", diz nota da coligação. Para 73% dos eleitores, Bolsonaro deve ir a debates, mostra Data Folha
Publicado: 19 Outubro, 2018 - 17h35 | Última modificação: 19 Outubro, 2018 - 18h03
Escrito por: Redação CUT
A coligação 'O Brasil Feliz de Novo', que reúne o PT, PC do B e Pros em torno da candidatura de Fernando Haddad à presidência da República, cobrou as emissoras de TV, que são concessões públicas, para que cumpram o dever de manter os debates programados neste segundo turno, mesmo com a ausência do candidato Jair Bolsonaro (PSL).
Em nota divulgada nesta sexta-feira (19), a coligação argumentou que o debate eleitoral é um compromisso com a democracia brasileira e com o processo eleitoral. E, por isso, "não pode ser fraudado pela recusa do deputado Jair Bolsonaro em debater olho no olho, diante da população".
"As emissoras de TV, que são concessões públicas, têm o dever, diante dos eleitores, de manter os debates programados, mesmo na ausência do candidato que foge do confronto e da verdade", diz trecho da nota.
A exigência da coligação da candidatura de Haddad dialoga com a vontade da maioria da população brasileira. Segundo Data Folha divulgado nesta quinta-feira (18), 73% dos eleitores dizem que Bolsonaro deve ir a debates.
"O povo brasileiro tem o direito de saber em quem vai votar e as emissoras de TV têm o dever de prestar este serviço ao público", encerra a nota.
Confira a nota na íntegra:
Emissoras têm o dever democrático de manter debates
O candidato Fernando Haddad, da Coligação O Povo Feliz de Novo, recebeu convites e confirmou presença em debates programados pela Band, Record, CBN, TV Gazeta, Rede TV, SBT e Rede Globo para a reta final do segundo turno das eleições.
Em todos os convites, as emissoras argumentam, com razão, que os debates são importantes oportunidades democráticas para que os eleitores conheçam melhor os candidatos, suas ideias e propostas.
Esse compromisso com a democracia e com o processo eleitoral não pode ser fraudado pela recusa do deputado Jair Bolsonaro em debater olho no olho, diante da população.
As emissoras de TV, que são concessões públicas, têm o dever, diante dos eleitores, de manter os debates programados, mesmo na ausência do candidato que foge do confronto e da verdade.
Haddad está pronto a usar o tempo que lhe foi destinado para falar nos debates, nas reuniões oficiais entre as campanhas e as emissoras. Cancelar os debates significa compactuar com a estratégia covarde e antidemocrática do deputado Bolsonaro.
O povo brasileiro tem o direito de saber em quem vai votar e as emissoras de TV têm o dever de prestar este serviço ao público.