Escrito por: Redação CUT
Após a notícia de que o filho mais velho de Bolsonaro empregou parentes de um miliciano procurado pela polícia civil e pelo Ministério Público do Rio, internautas começaram a tuitar #FlavioBolsonaroNaCadeia
A hashtag #FlavioBolsonaroNaCadeia é o assunto mais comentado do Twitter no Brasil e um dos dez mais comentados no mundo nesta terça-feira (22). Tudo começou com a repercussão da Operação Os Intocáveis, iniciada nas primeiras horas da manhã pela Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro, que prendeu milicianos por exploração do ramo imobiliário ilegal em Rio das Pedras com ações violentas, também suspeitos do assassinato da vereadora do PSOL, Marielle Franco.
O filho mais velho de Jair Bolsonaro, o deputado estadual e senador eleito pelo Rio, Flávio Bolsonaro, virou alvo dos internautas porque tem ligações com os milicianos alvos da Operação, segundo os jornais O Globo e Folha de S. Paulo.
Os dois principais alvos, o ex-capitão do Bope, Adriano Magalhães da Nóbrega, chefe da milícia de Rio das Pedras que ainda não foi preso e é considerado foragido; e o major da PM, Ronald Paulo Alves Pereira, preso esta manhã, foram homenageados, em 2003 e 2004, na Assembleia Legislativa do Rio (ALERJ), por indicação de Flávio.
“Olha a hashtag #FlavioBolsonaroNaCadeia parece que acabou a paciência com corruptos de direita também, tuitou o músico Marcelo D2.
Olha a hashtag #FlavioBolsonaroNaCadeia ... parece q acabou a paciência com corruptos de direita também
— Marcelo D2 (@Marcelodedois) 22 de janeiro de 2019Já o youtuber Felipe Neto, que tem 27,5 milhões de seguidores, escreveu um post bem duro.
“Flávio Bolsonaro foi o único deputado que votou contra dar a medalha Tiradentes para Marielle Franco. O mesmo Flávio homenageou os criminosos do Escritório do Crime, grupo de extermínio suspeito de matá-la. Além de empregar mãe e esposa do líder. #FlavioBolsonaroNaCadeira, diz o texto da postagem.
Flávio Bolsonaro foi o ÚNICO deputado q votou CONTRA dar a medalha Tiradentes para Marielle Franco.
O msm Flávio homenageou os criminosos do Escritório do Crime, grupo de extermínio suspeito de matá-la. Além de empregar mãe e esposa do líder.
#FlavioBolsonaroNaCadeia pic.twitter.com/pTYRqKb5v9
A rede social não perdoa o fato de Flávio Bolsonaro ter inclusive empregado em seu gabinete, até novembro do ano passado, a mãe e mulher do PM Adriano, tido pelo Ministério Público do Rio como homem-forte do Escritório do Crime.
Raimunda Veras Magalhães, a mãe, e Danielle Mendonça da Costa da Nóbrega, a esposa, tinham cargos com salário de R$ 6.490,35.
"Dois dos alvos da operação do MP contra as milícias foram homenageados por Flávio Bolsonaro na Alerj. Além disso, a mãe e a mulher de um deles foram assessoras do deputado. Milicianos precisam ser investigados, não homenageados. A família Bolsonaro deve explicações à sociedade", tuitou o deputado estadual e eleito federal, Marcelo Freixo (Psol-RJ).
Queiroz
O ex-capitão do Bope é amigo de Fabrício Queiroz, ex-motorista de Flávio Bolsonaro que está sendo investigado por movimentações suspeitas. Raimunda aparece como uma das servidoras do gabinete que repassaram dinheiro para a conta de Queiroz, que teria indicado as duas mulheres para o cargo.
"Queiroz estava escondido na favela Rio das Pedras, os milicianos presos hoje foram na favela Rio das Pedras e as honrarias feitas por Flávio Bolsonaro foi para dois milicianos presos hoje. Coincidência?", questiona um internauta.
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