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Hiroshima: a barbárie atômica dos EUA...

Publicado: 06 Agosto, 2010 - 13h53

Escrito por: Susana Santos/Hora do Povo


O dia 6 deagosto de 1945 mal amanhecia quando o primeiro artefato nuclear lançado contrauma cidade atingia a cidade de Hiroshima. Três dias depois uma nova bomba foiarremessada sobre Nagasaki. Os EUA foi o único país no mundo a agredirpopulações com o uso de bombas atômicas

Há 65anos, no dia 6 de agosto de 1945, os Estados Unidos lançaram sobre a cidadejaponesa de Hiroshima um bárbaro ataque nuclear. Três dias depois repetiram abarbárie sobre outra cidade, Nagasaki, tornando-se o único país a usar a bombaatômica – não uma, mas duas vezes - não contra alvos de guerra, mas sobre populaçõescivis.

Não tinhamnenhuma justificativa militar. A Alemanha já havia se rendido - em 7 de maio de1945 -, o exército japonês estava derrotado, a marinha e a força aérea do paístinham praticamente deixado de existir como força operacional.

Os ataquesforam ordenados pelo então presidente norte-americano, Harry Truman, ao fim da2º Guerra Mundial. No dia 1º de julho de 1945, em meio a Conferência de Potsdam,os Estados Unidos iniciaram as ameaças nucleares com a realização do primeiroteste. A política externa de busca de entendimento e cooperação com a URSS, queinclusive levara o presidente Roosevelt a se unir a Josef Stalin na guerracontra os nazistas, cedeu rapidamente lugar ao intervencionismo e à inauguraçãoda chantagem nuclear, hoje tão em voga.
A bomba atômica lançada sobre Hiroshima em 1945 destruiu cerca de 60% da áreatotal da cidade, e em poucos segundos matou 140 mil pessoas, civis natotalidade: homens trabalhadores, crianças, mulheres e idosos. Estima-se que onúmero de mortos duplicou durante os meses seguintes, com os sobreviventessucumbindo aos ferimentos, queimaduras, mutilações e doenças provocadas pelaradiação.

Prédios,casas, hospitais, escolas e vegetação desapareceram no instante em que a bombaexplodiu. Num raio de dois quilômetros do epicentro da explosão tudo foi destruído.Ainda hoje, as seqüelas da contaminação radioativa fazem milhares de vítimas.No Memorial de Hiroshima, se inscrevem novos nomes de falecidos a cada ano e onúmero total já se aproxima de um milhão.
O ataque sobre a cidade de Nagasaki assassinou mais 70 mil pessoas no primeiromomento. Essa segunda bomba era maior e mais potente e só teve efeito menosdevastador pela topografia montanhosa da cidade. Nos dois casos, a maioria dasvítimas morreu derretida ou queimada instantaneamente.
As ameaças de Truman se intensificaram cada vez mais: “Se eles não aceitam osnossos termos, podem esperar uma chuva de ruína vinda do ar nunca antes vistanesta terra”.

A essabarbárie contra a Humanidade seguiu-se dentro dos Estados Unidos uma guinadafascista. Primeiro, os principais colaboradores de Roosevelt foram sendoafastados das posições que ocupavam no governo, depois se iniciou um processode perseguições contra o movimento sindical e a intelectualidade democrática, ofamigerado macartismo.

Napolítica externa as intenções criminosas prosseguiram, então, contra a UniãoSoviética, e o mesmo comando militar que perpetrou o crime hediondo no Japãoplanejou lançar nada menos de 300 bombas sobre a URSS. Em 1949 o governo dosEUA aprovou o plano “Dropshot”, que previa o despejo de 300 bombas atômicas e250 mil toneladas de bombas convencionais sobre Moscou, Leningrado, os Urais, oMar Negro, o Cáucaso, Ar-khangelsk, Tashkent, Alma Ata, Baiakl e Vladivostok.Somente sobre a região do Mar Negro seriam despejadas 32 bombas atômicas. Oplano não foi efetivado porque nem assim os generais ianques conseguiramgarantir “vitória” sobre o exército soviético.
Os EUA é o país que possui mais armas nucleares no mundo em condições operacionais,com milhares de ogivas no seu próprio território e outras milhares espalhadaspor suas bases no exterior, nos seus porta-aviões e submarinos nucleares. Alémdisso, seguem com a construção permanente de armas mais sofisticadas eperigosas, com o objetivo de fazer com que os outros países, os povosindependentes se submetam pelo terror. Ao mesmo tempo pressionam com cinismotodos os governos que busquem desenvolver projetos de acesso soberano à energianuclear.

Em recenteedição, a insuspeita revista Newsweek informou que “O arsenal nuclear dosEstados Unidos inclui 5.400 ogivas nucleares armadas em mísseis balísticosintercontinentais em terra e mar; outras 1.750 bombas nucleares e mísseiscruzeiros prontos para ser lançados desde aviões B-2 e B-52; adicionalmente têm1.670 armas nucleares classificadas como ‘táticas’. E, ainda, mais ou menos10.000 ogivas nucleares em bunkers por todo o país como ‘contrapeso’ a qualquersurpresa”. Isto nas mãos de quem não hesitou em lançar seus artefatos contracentenas de milhares de seres humanos.