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I CONAPE constrói propostas para uma educação pública de qualidade

Conferência Nacional Popular de Educação termina neste sábado (26) com deliberações e manifesto

Publicado: 27 Maio, 2018 - 15h54 | Última modificação: 08 Junho, 2018 - 01h22

Escrito por: Rogerio Hilario/CUT-MG

Reprodução CUT MG
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Com aprovação de manifesto e moções, que comporão um documento oficial que será apresentado às escolas  públicas, governos, parlamentares e à sociedade, educadoras e educadores, movimentos sociais, sindical, populares e estudantis encerraram, na tarde deste sábado (26), no Expominas, em Belo Horizonte, a I Conferência Nacional Popular de Educação (CONAPE).  Os participantes da Plenária Final acataram, também, uma questão de ordem apresentada por uma professora e acrescentaram Lula Livre ao nome da Conferência, que simboliza a luta pela democracia, a justiça e direitos humanos e que a prisão do ex-presidente é arbitrária. A I CONAPE teve como tema “A educação se constrói com a democracia” e transformou Belo Horizonte na capital da luta contra o golpe e da resistência contra os ataques à educação

Depois de três dias de atividades, nas ruas da capital mineira, no Expominas e no Campus da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), os mais de 5 mil inscritos, representantes de todos os estados, se comprometeram com a construção na próxima Conferência, em 2022,  com o fortalecimento do Fórum Nacional Popular da Educação e com a luta contra as reformas golpistas, pela revogação a Emenda Parlamentar 95, que congela os investimentos no ensino público por 20 anos, e para interferir nas eleições, na composição do Congresso, dos governos, para se elejam os parlamentares e governantes comprometidos com a educação.

Para Heleno Araújo, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), e coordenador da I CONAPE, a Conferência foi positiva. “Tudo o que planejamos conseguimos executar. Saiu a construção coletiva para a luta contra o que começou com  golpe. Apontamos elementos importantes para continuarmos no enfrentamento e fortalecer a luta pela democracia e em defesa da educação pública, gratuita, de qualidade, laica e universal. Continuamos mobilizados, pois dentro de dois anos teremos que organizar a próxima Conferência. Elas vão acontecer de quatro em quatro anos.”

O dirigente da CNTE revelou que o manifesto e o documento final serão levados também ao Congresso do Povo. “Faremos a mobilização pela educação através do Congresso do Povo. O nosso documento será apresentado como uma referência da educação que queremos para o Brasil. Para ter governantes que tenham compromisso com as políticas que queremos para a área do ensino em todos os níveis”, disse Heleno Araújo.

José Celestino Lourenço, o Tino,  secretário de Cultura da Central Única dos Trabalhadores (CUT), considerou a I CONAPE “um sucesso absoluto”. “A Conferência é uma grande vitória, pois vai mostrar ao Brasil e para o mundo de que lado a comunidade educacional, os movimentos sociais, sindical e populares estão na luta pela educação pública. O manifesto, além do documento final, aprovados, são uma referência para trabalhadoras e trabalhadores da educação, com a definição que é um projeto da educação que queremos. Com este instrumento faremos o debate com a sociedade brasileira. E, com isso, faremos a disputa com o governo golpista, que tem na sua lógica desmontar todas as políticas públicas implantadas nos  governos Lula e Dilma.”

A I Conferência Nacional Popular de Educação, que reuniu educadores, representantes e militantes de entidades comprometidas com a defesa e a promoção do direito à educação pública, gratuita, laica e de qualidade para todo cidadão e para toda cidadã, teve, na quinta-feira (24), abertura pública com a participação da presidenta legítima Dilma Rousseff e homenagens ao presidente Lula. Na sexta-feira (25), aconteceu o lançamento da campanha de Lula à Presidência da República.

A Conferência tem Coordenação Executiva de diversas entidades, como a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, a CUT – Central Única dos Trabalhadores; a CTB – Central dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Brasil; a UBES – União Brasileira dos Estudantes Secundaristas e a UNE – União Nacional dos Estudantes, entre outras.