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Imigrantes afegãos são abrigados em Colônia dos Químicos na Praia Grande

Sindicato dos Químicos atendeu pedido do Ministério dos Direitos Humanos e está abrigando 128 imigrantes que estavam acampados no Aeroporto Internacional de SP, em Guarulhos

Publicado: 30 Junho, 2023 - 16h14 | Última modificação: 03 Julho, 2023 - 11h59

Escrito por: Sindicato dos Químicos de São Paulo

Sindicato dos Químicos de SP
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128 imigrantes afegãos, entre eles, 37 crianças, que viviam de forma temporária no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, foram transferidos nA sexta (30), para a colônia de férias do Sindicato dos Químicos na cidade de Praia Grande. O local conta com 50 quartos e os refugiados estão usando 46. Cada família usa um deles, já os homens solteiros estão juntos em outros quartos. O vereador Hélio Rodrigues (PT), que é presidente do Sindicato, os recepcionou no local.

Hélio Rodrigues explicou como o Sindicato dos Químicos foi acionado an quinta-feira (29/6)  para abrigar os imigrantes afegãos: “Enquanto eu aguardava o embarque para retornar a São Paulo, após ser palestrante da 5° Conferência Regional da ICM, em Bogotá, na Colômbia, fui comunicado sobre a situação dos imigrantes afegãos que estavam vivendo de maneira provisória no Aeroporto de Guarulhos. Imediatamente comecei a tratar com o Ministério da Justiça, que solicitou apoio do Sindicato dos Químicos de São Paulo, no sentido de abrigar esses imigrantes na colônia de férias de Praia Grande. Não poderíamos deixar de atender a esse pedido, e na tarde desta sexta-feira estou indo pessoalmente recepcionar esse grupo de imigrantes.”

O Sindicato dos Químicos, que esse ano completa 90 anos de existência, tem uma história de atuação humanitária reconhecida, tendo inclusive disponibilizado sua unidade da Lapa, no período da Pandemia, para a prefeitura municipal de São Paulo, para utilização como Hospital de Campanha.

“Nesse momento estamos reunindo esforços para receber e abrigar os imigrantes afegãos da melhor forma possível, para amenizar o sofrimento ao qual vinham sendo submetidos.”, completou Hélio Rodrigues.

Trativas entre prefeitura e governo federal

A princípio a prefeitura de Praia Grande não queria receber os refugiados, mas acabou cedendo após acordo com o Ministério da Justiça para que o governo federal seja o responsável pela segurança, alimentação e cuiDados com a saúde dos afegãos.

O Afeganistão vive uma grave crise política. O país está sob o comando dos radicais do Talibã, que tomaram o poder em 2021. O grupo é considerado terrorista e busca impor sua visão religiosa à população, ameaçando as mulheres e restringindo a ida de crianças à escola. Desde então, segundo dados do ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados), 3,5 milhões de afegãos estão fugindo do país em busca de refúgio em outras nações.

O Brasil tem sido o destino de parte desses refugiados, a partir de uma portaria autorizando o visto temporário e a residência por razões humanitárias. Mas por conta do grande fluxo de chegada, muitos estavam aguardando locais para acolhimento. Diante disso, o governo do presidente Lula, em ação do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, Ministério das Relações Exteriores e o Ministério da Justiça, articulou a rede hoteleira para alojar, de forma temporária, os imigrantes.