Índice que reajusta aluguel passa dos 23% e é o maior desde 2002
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), da Fundação Getúlio Vargas (FGV),que reajusta os aluguéis, triplica em relação ao ano passado (7,30%) e chega a 23,14%
Publicado: 29 Dezembro, 2020 - 15h40 | Última modificação: 29 Dezembro, 2020 - 16h21
Escrito por: Vitor Nuzzi, da RBA
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), subiu menos em dezembro, mas fechou o ano com alta de 23,14%. Foi a maior taxa desde 2002, quando o indicador, usado como referência em contratos de aluguel, atingiu 25,31%. Em 2019, o IGP-M somou 7,30%. A inflação acumula neste ano de 2020 um índice de 4,31%.
Foi um resultado concentrado no IPA (preços ao produtor), que cedeu em dezembro, mas após seis meses de alta encerrou 2020 com taxa de 31,63%. O IPA corresponde a aproximadamente 60% na composição do IGP-M.
Já o IPC (preços ao consumidor), responsável por 30% do índice geral, teve variação bem menor em 2020, somando 4,81%. Mas sobe continuamente há sete meses. Passou, por exemplo, de 0,72% em novembro para 1,21% neste mês. O grupo Alimentação foi de 1,61% para 1,72% e fechou o ano com alta de 12,69%. Entre os itens que aumentaram em dezembro, a FGV cita passagens aéreas (14,62%), frutas (4,59%), alimentos para animais domésticos (1,76%) e mensalidade de TV por assinatura (0,86%). A gasolina subiu menos (de 1,93% para 1,26%).
Por fim, o INCC (custo da construção), que compõe 10% do IGP-M, passou de 1,29%, em novembro, para 0,88%. Com esse resultado, fechou o ano com alta de 8,66%.