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Indústria segue sem avançar. Produção de alimentos e veículos recua

Setor está “longe de recuperar as perdas do passado recente”, afirma o responsável pela pesquisa do IBGE

Publicado: 19 Abril, 2023 - 10h29 | Última modificação: 19 Abril, 2023 - 10h36

Escrito por: RBA

IBGE / Acervo
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A produção da indústria brasileira ficou praticamente estagnada (-0,2%) de janeiro para fevereiro, no terceiro resultado mensal negativo seguido, segundo o IBGE. Em relação a igual mês de 2022, a atividade cai 2,4%. De acordo com os dados divulgados nesta quarta-feira (19), a produção recua 1,1% no ano e varia também -0,2% em 12 meses.

Duas das quatro categorias pesquisadas e nove dos 25 ramos tiveram queda em fevereiro. O IBGE destaca produtos alimentícios (-1,1%), químicos (-1,8%) e farmoquímicos/farmacêuticos (-4,5%). Entre as altas, a indústria extrativa cresceu 4,6%.

Produção da indústria de veículos cai

Já na comparação com fevereiro de 2022, o instituto apurou resultado negativo em duas das quatro categorias econômicas, 17 dos 25 ramos, 57 dos 80 grupos e 56,8% dos 789 produtos pesquisados. Mais uma vez, as principais influências negativas vieram de produtos químicos (-8%) e produtos alimentícios (-3,8%), além de veículos automotores, reboques e carrocerias (-6,1%) e máquinas e equipamentos (-9%). Por sua vez, o setor extrativo avançou 5,1%.

No bimestre, segundo a pesquisa do IBGE, houve resultados negativos em duas das quatro categorias, 16 dos 25 ramos, 47 dos 80 grupos e 52,3% dos 789 produtos. Assim, o setor de produtos químicos, por exemplo, caiu 5,3%.

Também foram registradas quedas na indústria de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-9,2%), metalurgia (-4,1%), e máquinas e equipamentos (-5,1%). O segmento de veículos automotores recuou 2,3%. Do lado das altas, destaque, novamente, para indústrias extrativas (3,5%), além de produtos farmoquímicos/farmacêuticos (18,1%).

“Embora a produção industrial tenha mostrado alguma melhora no fim do ano passado, este início de 2023 apresenta perda na produção, permanecendo longe de recuperar as perdas do passado recente”, afirma o gerente da pesquisa, André Macedo.