Inflação desacelara em maio, mas acumula alta de 11,73% em 12 meses e pesa no bolso
Índice de maio ficou em 0,47% e alta do ano, até maio, em 4,78%, mas precos que haviam disparado como o do tomate e da cenoura continuam altos e a cebola subiu 21,36%
Publicado: 09 Junho, 2022 - 11h58 | Última modificação: 09 Junho, 2022 - 14h32
Escrito por: Redação CUT | Editado por: Marize Muniz
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do Brasil, subiu 0,47% em maio, o que indica desaceleração em relação a abril, quando o índice foi de 1,06%, mas os preços altos continuam pesando no bolso dos brasileiros, como indicam os números divulgados, nesta quinta-feira (9), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A alta no ano, até maio, é de 4,78% e, em 12 meses - de maio do ano passado a maio deste ano –, é de 11,73%, a maior para o mês desde 2003, quando atingiu 17,24%. O acumulado em 12 meses ficou abaixo dos 12,13% registrados nos 12 meses anteriores, mas oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE registraram aumento em maio. E há nove meses seguidos a inflação anual está acima dos dois dígitos.
Os destaques do mês de maio foram as altas nas passagens aéreas, nas tarifas de ônibus urbanos e intermunicipais e a cebola, que registrou a maior variação positiva do IPCA no mês de maio, com alta de 21,36%.
Confira as maiores variações:
- Vestuário
O grupo registrou alta de 2,11%, influenciado principalmente pelos reajustes nos preços das roupas masculinas (2,65%), das roupas femininas (2,18%) e das roupas infantis (2,14%) e o calçados e acessórios (2,06%).
- Transportes
A alta neste grupo foi de 1,34%, impactada pelo reajustes nos preços das passagens aéreas (18,33%), que já haviam subido em abril (9,48%).; e das tarifas dos ônibus urbano (0,06%) e táxi (0,72%).
. Aracaju reajustou as passagens dos ônibus urbanos em 12%; São Paulo (41,51%); e Fortaleza (14,10%).
. Teve também reajustes Belo Horizonte (até 17%); Aracaju (até 12,5%); e Porto Alegre (7,33%). nas passagens, desde 14 de abril.
- Alimentos e bebidas
O grupo registrou desaceleração em relação a abril (0,48%), mas os preços que haviam disparado nos meses anteriores, continuam altos. Já o leite longa vida continua subindo, a alta em maio foi de 4,65% - alta acumulada no ano é de 28,03%.
O IBGE registrou queda nos preços do tomate (-23,72%) e da batata-inglesa (-3,94%). A cenoura também caiu (-24,07%), mas a variação acumulada do produto é 116,37% em 12 meses.
Alta dos combustíveis desacelera
Os combustíveis subiram 1% em maio contra (3,20%) em relação a abril.
Na gasolina, a alta passou de 2,48% em abril para 0,92% em maio.
Houve ainda queda no preço do etanol (-0,43%), que, em abril, havia subido 8,44%.
Já o óleo diesel registrou alta de mais de 3,72%.
Em 12 meses, a gasolina ainda acumula alta de 28,73%, o etanol, de 25,31%, e o diesel, de 52,27%.