Escrito por: Redação CUT

Inflação desacelara em maio, mas acumula alta de 11,73% em 12 meses e pesa no bolso

Índice de maio ficou em 0,47% e alta do ano, até maio, em 4,78%, mas precos que haviam disparado como o do tomate e da cenoura continuam altos e a cebola subiu 21,36%

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Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do Brasil, subiu 0,47% em maio, o que indica desaceleração em relação a abril, quando o índice foi de 1,06%, mas os preços altos continuam pesando no bolso dos brasileiros, como indicam os números divulgados, nesta quinta-feira (9), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A alta no ano, até maio, é de 4,78% e, em 12 meses - de maio do ano passado a maio deste ano –, é de  11,73%, a maior para o mês desde 2003, quando atingiu 17,24%. O acumulado em 12 meses ficou abaixo dos 12,13% registrados nos 12 meses anteriores, mas oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE registraram aumento em maio. E há nove meses seguidos a inflação anual está acima dos dois dígitos.

Os destaques do mês de maio foram as altas nas passagens aéreas, nas tarifas de ônibus urbanos e intermunicipais e a cebola, que registrou a maior variação positiva do IPCA no mês de maio, com alta de 21,36%.

Roberto ParizottiPreço da cebola subiu 21,36% em maio de 2022.

Confira as maiores variações:

- Vestuário

O grupo registrou alta de 2,11%, influenciado principalmente pelos reajustes nos preços das roupas masculinas (2,65%), das roupas femininas (2,18%) e das roupas infantis (2,14%) e o calçados e acessórios (2,06%).

- Transportes

A alta neste grupo foi de 1,34%, impactada pelo reajustes nos preços das passagens aéreas (18,33%), que já haviam subido em abril (9,48%).; e das tarifas dos ônibus urbano (0,06%) e táxi (0,72%).

. Aracaju reajustou as passagens dos ônibus urbanos em 12%; São Paulo (41,51%); e Fortaleza (14,10%).

. Teve também reajustes Belo Horizonte (até 17%);  Aracaju (até 12,5%); e Porto Alegre (7,33%).  nas passagens, desde 14 de abril.

- Alimentos e bebidas

O grupo registrou desaceleração em relação a abril (0,48%), mas os preços que haviam disparado nos meses anteriores, continuam altos. Já o leite longa vida continua subindo, a alta em maio foi de 4,65% - alta acumulada no ano é de 28,03%.

O IBGE registrou queda nos preços do tomate (-23,72%) e da batata-inglesa (-3,94%). A cenoura também caiu (-24,07%), mas a variação acumulada do produto é 116,37% em 12 meses.

Alta dos combustíveis desacelera

Os combustíveis subiram 1% em maio contra (3,20%) em relação a abril.

Na gasolina, a alta passou de 2,48% em abril para 0,92% em maio.

Houve ainda queda no preço do etanol (-0,43%), que, em abril, havia subido 8,44%.

Já o óleo diesel registrou alta de mais de 3,72%.

Em 12 meses, a gasolina ainda acumula alta de 28,73%, o etanol, de 25,31%, e o diesel, de 52,27%.