Escrito por: Redação CUT
Levantamento da FGV revela que em um ano prato mais tradicional da mesa dos brasileiros –arroz, feijão, carne, ovo, batata frita e salada– está, em média, 23% mais caro que há um ano
A Fundação Getulio Vargas (FGV) calculou o aumento dos dez principais alimentos que compõem o “prato feito” brasileiro, em especial o mais tradicional - arroz, feijão, carne, ovo, batata frita e salada - e constatou um aumento de 23% em um ano. A conta considerou as variações até março de 2021 do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) calculado pela FGV.
De acordo com a pesquisa, os preços que mais aumentaram em um ano foram os do arroz (61%), e do feijão preto (69%). O feijão carioca subiu 20%.
No mesmo período, os preços das carnes bovinas foram reajustados em 27,2% o do frango, em 13,9%, do ovo, 10%, a batata subiu 19% e a cebola, 40%. Já o preço do tomate caiu 24%.
A disparada de preços, tira da mesa dos brasileiros os produtos que eles consomem com mais frequência, segundo Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017-2018: Análise do Consumo Alimentar Pessoal no Brasil (POF 2017/2018), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre as preferências dos brasileiros à mesa.
O café foi o alimento consumido pelos brasileiros com mais frequência (78,1% da população) entre junho de 2017 e julho de 2018, tanto por homens (77,9%), quanto por mulheres (78,4%).
Em seguida, aparecem dois produtos da dieta tradicional do país. Um deles é o arroz, com 76,1% de frequência de consumo, acompanhado pelo feijão, com total de 60%.
Segundo a CNN que divulgou pesquisa da FGV sobre a disparada de preços nos últimos doze meses, o custo de comprar comida subiu mais que a inflação total. O IPC geral teve alta de 6,1% nos 12 meses até março.
A explicação para a disparada de preços é o dólar alto, que teria estimulado as vendas para fora, deixando os produtos ainda mais caros em reais, segundo o pesquisador da FGV Matheus Peçanha. "Esse movimento do câmbio induz um aumento nas exportações, sobretudo dos cereais e das carnes, favorecendo a redução da oferta interna e pressionando os preços", disse o pesquisador.