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Inflação dos alimentos alcança 12,67% em doze meses, segundo pesquisa da PUC-PR

Índice é maior do que o IPCA, do IBGE, que ficou em 10,54% em doze meses, até fevereiro

Publicado: 18 Março, 2022 - 10h24 | Última modificação: 18 Março, 2022 - 19h13

Escrito por: CUT-PR

Gibran Mendes/CUT-PR
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Nos últimos 12 meses, até fevereiro, a inflação dos alimentos que compõem a cesta básica chegou a 12,67%, superando o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que ficou em 10,54% no mesmo período. Este cenário não acontecia desde outubro do ano passado.

A análise é de uma pesquisa produzida por docentes do curso de de Economia da Pontífica Universidade Católica do Paraná (PUC-PR). Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, o coordenador do curso, Jackson Bitencourt, disse que todos os brasileiros são impactados pela alta, não só os mais pobres.

“Toda a população é afetada pela alta dos alimentos que compõem a cesta básica. As pessoas querem comprar produtos como café, acúcar, pão e carne. Mas são as classes com renda mais baixa que sofrem mais com uma inflação tão alta”, afirmou o profressor.

O indicador da cesta básica é analisado a partir da variação de 13 alimentos e começaram a ser divulgados pela universidade em setembro 2021, quando a inflação da cesta básica chegou a 15,96% contra 10,25% do IPCA. Nos meses seguintes foi uma observada uma reversão deste cenário que, agora, volta com tudo.

Maiores altas

As maiores altas nos preços foram registradas na batata-inglesa (23,49%) e no feijão-carioca (4,77%). Já quando é analisado o período dos últimos 12 meses a situação fica ainda mais assustadora. O café em pó subiu 61,19% e, o acúcar cristal 36,30%, por exemplo.

A análise da universidade paranaense leva em conta dados dos alimentos que integram a pesquisa do próprio IPCA, realizada pelo IBGE. Os preços também são analisados de forma nacional, mas a PUCPR também divulgou um estudo específico sobre Curitiba, onde a alta foi de 14,10% até fevereiro, maior que a média nacional. O IPCA, por sua vez, foi de 13,17% no mesmo período, o que leva a capital do Paraná ao topo da maior infação entre capitais pesquisadas pelo IBGE.