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Inflação dos alimentos é a maior desde 1994, segundo dados do IPCA

Há 28 anos, desde o início do Plano Real, os brasileiros não pagavam tão caro para colocar comida à mesa. Com preços pela hora da morte, muitos nem conseguem comprar o que aumenta a fome no país

Publicado: 19 Outubro, 2022 - 13h29 | Última modificação: 19 Outubro, 2022 - 18h50

Escrito por: Redação CUT | Editado por: Marize Muniz

Secom CUT Nacional
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Há 28 anos, desde o início do Plano Real, em 1994, os brasileiros não pagavam preços tão altos para colocar comida na mesa. Muitos reduziram a quantidade de produtos e outros pararam de comprar até itens básicos como feijão e arroz, o que contribui para o aumento da insegurança alimentar no país.

A terceira deflação registrada este ano foi causada principalmente pela queda nos preços dos combustíveis, uma decisão eleitoreira do presidente Jair Bolsonaro (PL) e só atingiu a gasolina, produto que depois da eleição deve voltar a subir toda semana.   

O grupo alimentação e bebidas acumula inflação de 9,54% no ano, de janeiro a setembro. É a maior alta para os nove primeiros meses do ano em quase três décadas, segundo consultas que os jornalistas da Folha de S Paulo fizeram aos dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), índice oficial da inflação do país, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o jornal, trata-se do avanço mais intenso para o acumulado de janeiro a setembro desde 1994 (915,08%), quando o Brasil ainda vivia o reflexo da hiperinflação.

No acumulado de 12 meses, a alta foi de 11,71%.

Como o jornal lembra, a disparada dos preços afeta principalmente os mais pobres, porque a compra de alimentos consome uma fatia maior do orçamento dessas famílias na comparação com faixas de renda mais elevadas. Inflação em alta e salário em baixa ou congelado não combinam e o trabalhador sempre perde nessa equação.