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Inflação dos mais pobres passa de 10%, segundo o Ipea

Entre os famílias com rendimento domiciliar inferior a R$ 1.808,79 por mês, a inflação acumulada em 12 meses até agosto alcançou 10,63%. Entre os que têm renda superior a R$ 17.764,49 por mês, foi de 8,04%

Publicado: 15 Setembro, 2021 - 16h12 | Última modificação: 15 Setembro, 2021 - 17h59

Escrito por: Redação CUT

Roberto Parizotti (Sapão)
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A inflação passa de 10% entre as famílias brasileiras de baixa renda e o grupo alimentação foi o que mais contribuiu para para apertar o orçamento em agosto. Já entre os que ganham mais, os maiores impactos vieram do grupo de transportes, como passagens de avião e combustíveis. Os dados são de estudo mensal do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgado nesta quarta-feira (15).

A inflação acumulada em 12 meses até agosto alcançou 10,63% (em julho era de 10,05%) entre as pessoas com renda muito baixa, que são aquelas com rendimento domiciliar inferior a R$ 1.808,79 por mês, apesar da variação nos preços ter passado de 1,12% em julho para 0,91% em agosto.

Os reajustes de 16,6% nos preços dos alimentos no domicílio, de 21,1% na energia elétrica, de 31,7% no gás de botijão e de 5,6% nos medicamentos derrubaram o poder de compra das famílias com renda muito baixa.

Entre as famílias com rendimento baixo, entre R$ 1.808,79 e R$ 2.702,88, agosto registrou inflação de 0,91%, contra 1,07% de julho. 

Na faixa que tem rendimento domiciliar entre R$ 2.702,88 e R$ 4.506,47 por mês, chamada de renda média-baixa, a inflação foi de 0,90% em agosto contra 1,01% em julho.

Já entre os mais ricos, o avanço nos preços foi de 8,04% no acumulado dos 12 meses até o mês passado. É a menor marca da pesquisa. O grupo de renda alta é formado por famílias com rendimento domiciliar superior a R$ 17.764,49 por mês.

Os reajustes que mais pesaram para os mais ricos foram: 41,3% nos combustíveis, 30,2% nas passagens aéreas e 12,4% nos aparelhos eletroeletrônicos.

Confira aqui a íntegra da pesquisa.