Insegurança no metrô de Recife
Sindmetro-PE convoca dia de luta para cobrar da CBTU melhoria nas condições de trabalho
Publicado: 30 Setembro, 2014 - 10h56 | Última modificação: 30 Setembro, 2014 - 11h20
Escrito por: William Pedreira com informações do Sindmetro-PE
O Sindmetro-PE (Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários e Conexos do Estado de Pernambuco) realiza hoje, às 15h, na Praça Milvernes Lima (Praça da Greve – Estação Recife), um dia de luta contra a falta de segurança no metrô de Recife e por condições dignas de trabalho.
Constantemente, são registradas invasões e assaltos nas estações que colocam em risco a vida dos trabalhadores e dos usuários do sistema. Somente na semana passada, foram três tentativas de invasão durante a noite. “Há estações que possuem caixa eletrônico e são alvos de bandidos que fazem as ações com armamento pesado. Diante deste cenário de terror, equipes de manutenção noturna já estão se recusando a trabalhar”, informou Levi Arruda, secretário de Comunicação e Imprensa do Sindicato.
Segundo o dirigente, salta aos olhos o descaso da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU). A empresa tem promovido cortes nos orçamentos dos serviços de limpeza e segurança e há um plano para novos cortes de postos de trabalho. “Fizemos uma paralisação em outubro do ano passado e uma série de reuniões com a empresa, onde esta se comprometeu a efetivar melhorias na segurança, porém foram encaminhamentos que ficaram apenas na promessa”, condenou.
Desde o ano passado, o Sindmetro-PE já participou de reuniões com todos os ministérios que possuem gestão direta com a CBTU, no Senado Federal e apresentou um dossiê especifico sobre a segurança no metrô de Recife.
Mobilização e luta - no dia 17 de setembro, os trabalhadores apresentaram suas reivindicações em reunião convocada pelo Sindicato. Entre as propostas, iniciar “operação padrão” seguindo restritamente os mandamentos legais nos quesitos de operações de equipamentos, procedimentos operacionais e segurança própria e a construção de movimento e efetivo exercício do direito de recusa – a legislação garante ao funcionário em caso de situação de risco grave e iminente –.
Hoje, o Sindicato também realizará uma assembleia geral extraordinária para referendar os encaminhamentos da última reunião. De acordo com Arruda, uma paralisação não está descartada caso não haja avanços nas revindicações apresentadas pela categoria.