Escrito por: Maurício Angelo, do Observatório da Mineração
Segundo reportagem especial do Observatório da Mineração, os investimentos foram em mineradoras com interesses em terras indígenas na Amazônia
Apenas nos últimos cinco anos, as mineradoras Vale, Anglo American, Belo Sun, Potássio do Brasil, Mineração Taboca e Mamoré (ambas do Grupo Minsur), Glencore, AngloGold Ashanti e Rio Tinto receberam USD 54 bilhões em financiamento do Brasil e do exterior. Considerando a cotação atual do dólar em cerca de R$ 5, o montante chega a R$ 270 bilhões de reais.
Entre os financiadores, destaque para as americanas BlackRock, Citigroup e Vanguard, e as brasileiras Previ, Bradesco e Caixa.
O relatório “Cumplicidade na Destruição IV - Como mineradoras e investidores internacionais contribuem para a violação dos direitos indígenas e ameaçam o futuro da Amazônia”, que contou com texto e pesquisa do Observatório da Mineração, foi lançado hoje pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) e a Amazon Watch.
O documento também mostra que mineradoras como Vale, Anglo American e Belo Sun mantêm interesses em territórios indígenas, apesar de dizerem o contrário. Juntas, as mineradoras investigadas possuem 225 requerimentos minerários ativos com sobreposição em 34 Terras Indígenas - uma área que corresponde a 5,7 mil quilômetros quadrados - ou mais de três vezes a cidade de Brasília ou de Londres.
Leia a íntegra da matéria e confira o relatório inédito no site do Observatório da Mineração.