Escrito por: Redação CUT
A série “Diálogos no Instituto Lula” começa nesta quarta-feira (23), com o debate “130 anos da Abolição: limites do abolicionismo e o impacto do golpe na população negra”
A partir deste mês o Instituto Lula promoverá uma série de debates sobre temas da conjuntura nacional. A série “Diálogos no Instituto Lula” começa nesta quarta-feira (23), com o debate “130 anos da Abolição: limites do abolicionismo e o impacto do golpe na população negra”. Os debatedores serão o historiador Luiz Felipe de Alencastro e a antropóloga Jaqueline Santos.
O Brasil foi o país que mais recebeu escravos e o último a abolir a escravidão na Américas. Passaram-se 130 anos e o impacto da escravidão ainda se reflete no racismo estrutural da sociedade brasileira. O assassinato da vereadora Marielle Franco e a intervenção militar no Rio de Janeiro, colocaram no centro do debate a questão da segurança pública e do genocídio da população negra no Brasil. A prisão política do ex-presidente Lula e as arbitrariedades do judiciário em seu processo, trouxeram à tona o fato de que a justiça brasileira não é neutra. Os índices de encarceramento em massa da população negra, que nos coloca como terceira maior população prisional do mundo, evidenciam o fato de que mesmo após a abolição a população negra segue tendo menos oportunidade, ganhando salários menores, sendo criminalizada, exterminada ou encarcerada.
Racismo estrutural, encarceramento em massa, políticas afirmativas, abolição e o reflexo da escravidão na sociedade brasileira são temas que serão debatidos nessa primeira edição do Diálogos no Instituto Lula. O debate será transmitido ao vivo pela internet no dia 23 de maio, quarta-feira, a partir das 15h, no endereço facebook.com/Lula.
Para participar
O debate acontecerá na sede do Instituto Lula, em São Paulo, à rua Pouso Alegre, 21. A participação presencial é limitada a 30 pessoas. Para solicitar um lugar, escreva para africa@institutolula.org com seu nome completo, RG e telefone.
Luiz Felipe de Alencastro é historiador e cientista político. É professor emérito da Sorbonne e professor da Escola de Economia da FGV.
Jaqueline Santos é mestre em antropologia social pela Unesp e doutoranda pela Unicamp. Foi pesquisadora residente no Centro Hutchins para Pesquisa Africana e Americana na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.