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Intelectuais, artistas e empresários fazem manifesto por eleição de Lula no 1° turno

Grupo inclui personalidades críticas ao ex-presidente, não petistas, que se uniu para fazer um apelo para que o Brasil eleja Lula já no 1° turno para “não correr o risco de incertezas de disputas secundárias”

Publicado: 15 Fevereiro, 2022 - 12h29 | Última modificação: 15 Fevereiro, 2022 - 12h34

Escrito por: Redação CUT | Editado por: Marize Muniz

Ricardo Stuckert
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A esperança de milhões de brasileiros pelo fim do período de trevas pelo qual passa está comprovada por todas as pesquisas de intenções de voto para as eleições de 2022, que indicam o ex-presidente Lula como o preferido para voltar a comandar o país.

A mais recente pesquisa, feita pelo Ipespe, divulgada na sexta-feira (11), aponta Lula com 43% e uma larga vantagem sobre todos os outros pré-candidatos. Outra pesquisa, a Genial/Quaest, de 9 de fevereiro, mostra Lula com 45%. Ou seja, há chances reais de Lula ser eleito já em primeiro turno.

E é isso que pede um manifesto divulgado nesta segunda-feira (14). Assinado por artistas, intelectuais, juristas, empresários e até mesmo políticos que apoiaram o impeachment de Dilma Rousseff criaram o Movimento Pelo Brasil e conclamam a sociedade e se unir em torno da eleição do ex-presidente no primeiro pleito.

“Não há razão que justifique adiar para o segundo turno, correr o risco das incertezas decorrentes de disputas secundárias, e principalmente os riscos de atos fora da Constituição. Por isso, apelamos a todos os democratas, os candidatos e seus eleitores, para que nos unamos no primeiro turno a Luiz Inácio Lula da Silva”, diz trecho do manifesto, no melhor sentido de “para que deixar para depois o que se pode fazer agora?”

No manifesto, os cossignatários (veja abaixo a relação de quem assinou), reafirmam o que os números das pesquisas mostram: o Brasil não quer errar de novo, elegendo um candidato que não tenha nenhum projeto para acabar com a miséria, com o desemprego e que desdenhe do bem mais precioso de todos – a vida.

O grupo que assina o documento é formado por simpatizantes e também por críticos de Lula. No texto do manifesto, eles declaram que muitos foram e ainda são críticos, que discordam de posições tomadas por Lula no passado, mas estão “olhando para o futuro”.

“Não há dúvida que a história está fazendo Lula representar a alternativa que o Brasil deve abraçar neste plebiscito de 2022”, diz o manifesto.

Sem medo de ser feliz

Além das pesquisas que comprovam o favoritismo de Lula, o próprio mercado já começa a dar sinais positivos. Em entrevista à jornalista Miriam Leitão, na GloboNews, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sem citar nomes de candidatos, mesmo com todas as pesquisas mostrando Lula na frente, afirmou que “o mercado passou a menos receoso” com uma mudança de governo.

Leia a íntegra do manifesto:

Mais do que eleger um presidente, em 2022 o Brasil fará plebiscito entre continuar o desastre ou retomar a estabilidade democrática-institucional, o fim do negacionismo, a volta da empatia social e a retomada de um desenvolvimento sustentável. Não há razão que justifique adiar para o segundo turno, correr o risco das incertezas decorrentes de disputas secundárias, e principalmente os riscos de atos fora da Constituição. Por isso, apelamos a todos os democratas, os candidatos e seus eleitores, para que nos unamos no primeiro turno a Luiz Inácio Lula da Silva.

Muitos de nós fomos e ainda somos críticos, discordamos de fatos ocorridos e posições tomadas por ele no passado, mas estamos olhando para o futuro, e não há dúvida que a história está fazendo Lula representar a alternativa que o Brasil deve abraçar neste plebiscito de 2022. Ao mesmo tempo, os acertos de seus dois governos e a disposição em construir uma frente ampla programática nos passam a confiança de que ele está preparado para a tarefa de pacificar, governar e reconstruir o Brasil.

É Lula no primeiro turno para tirar o Brasil do descalabro que nos encontramos e os brasileiros do abismo profundo que fomos jogados.

Movimento Pelo Brasil

Quem assina?

Alder Teixeira – escritor e Professor (Universidade Estadual do Ceará)

Antônio Carlos de Almeida Castro – KAKAY – advogado

Armando Raggio – médico, pesquisador em saúde pública

Arnaldo Santos – jornalista e cientista político

Auto Filho – professor da Universidade Estadual do Ceará.

Benicio Viero Schmidt – sociólogo, professor da UnB

Bernardo Ricupero – professor da USP

Boris Fausto – Historiador

Carol Proner – professora de Direitos Humanos

Celina Roitman – microbiologista e pesquisadora em saúde pública

Chico Buarque – compositor e escritor

Christian Lynch, – professor e cientista político

Cristina Inoue – professora na Universidade Radboud (Holanda)

Cristovam Buarque

Dinamam Tuxá – liderança e advogado indígena.

Evandro Pertence – advogado

Fernanda Sobral – socióloga, professora emérita da UnB

Francisco José Teixeira – professor da Universidade Regional do Cariri – Ceará

Gabriela Gastal

Guto Gomes – Ativista Socioambiental

Hélio Doyle – jornalista.

Hélio Jose – ex-senador

Hussein Kalout – Professor de da Universidade Harvard

Iara Pietricovsky – Antropóloga, Codiretora da Associação Brasileira de ONGs – Abong

Isaac Roitman – Professor e membro titular da Academia Brasileira de Ciência

Lia Zanotta, – antropóloga , professora da UnB

Luiz Cruz Lima – professor da Universidade Estadual do Ceará

Luiz Eduardo Soares – antropólogo e escritor

José Eli da Veiga – professor da USP

Magno Lavigne – presidente licenciado da UGT Bahia

Marcelo Carvalho – presidente da UGT BA

Márcio Santili – ex-deputado federal constituinte

Marcos Woortmann – cientista político

Marco Aurélio de Carvalho – coordenador do Grupo Prerrogativas

Maurício Rands – advogado e professor de direito

Mauro Dutra – empresário

Milton Seligman – ex-ministro da Justiça

Moises Balestro – professor da UnB

Nathaly Beghin – economista

Paulo Dalla Nora Macedo – vice-presidente do Política Viva

Pedro Ivo Batista – Ambientalista e coordenador da Associação Alternativa Terrazul

Philip Yang, – urbanista, fundador do URBEM

Randolfe Rodrigues

Ricardo Abramovay – professor da USP

Ricardo Patah, – advogado, administrador de empresas, presidente do sindicato dos comerciarios de São Paulo e da UGT Nacional

Roberto de Figueiredo Caldas – advogado

Romi Bencke, – Pastora de orientação luterana.

Rosangela Lyra, presidente e fundadora do Política Viva

Sepúlveda Pertence – jurista

Tito Barros Leal – professor da Universidade Regional do Vale do Acaraú, Ceará

Úrsula Vidal – secretária de Cultura do Pará

Wellington Almeida – cientista político