Intelectuais, artistas e empresários fazem manifesto por eleição de Lula no 1° turno
Grupo inclui personalidades críticas ao ex-presidente, não petistas, que se uniu para fazer um apelo para que o Brasil eleja Lula já no 1° turno para “não correr o risco de incertezas de disputas secundárias”
Publicado: 15 Fevereiro, 2022 - 12h29 | Última modificação: 15 Fevereiro, 2022 - 12h34
Escrito por: Redação CUT | Editado por: Marize Muniz
A esperança de milhões de brasileiros pelo fim do período de trevas pelo qual passa está comprovada por todas as pesquisas de intenções de voto para as eleições de 2022, que indicam o ex-presidente Lula como o preferido para voltar a comandar o país.
A mais recente pesquisa, feita pelo Ipespe, divulgada na sexta-feira (11), aponta Lula com 43% e uma larga vantagem sobre todos os outros pré-candidatos. Outra pesquisa, a Genial/Quaest, de 9 de fevereiro, mostra Lula com 45%. Ou seja, há chances reais de Lula ser eleito já em primeiro turno.
E é isso que pede um manifesto divulgado nesta segunda-feira (14). Assinado por artistas, intelectuais, juristas, empresários e até mesmo políticos que apoiaram o impeachment de Dilma Rousseff criaram o Movimento Pelo Brasil e conclamam a sociedade e se unir em torno da eleição do ex-presidente no primeiro pleito.
“Não há razão que justifique adiar para o segundo turno, correr o risco das incertezas decorrentes de disputas secundárias, e principalmente os riscos de atos fora da Constituição. Por isso, apelamos a todos os democratas, os candidatos e seus eleitores, para que nos unamos no primeiro turno a Luiz Inácio Lula da Silva”, diz trecho do manifesto, no melhor sentido de “para que deixar para depois o que se pode fazer agora?”
No manifesto, os cossignatários (veja abaixo a relação de quem assinou), reafirmam o que os números das pesquisas mostram: o Brasil não quer errar de novo, elegendo um candidato que não tenha nenhum projeto para acabar com a miséria, com o desemprego e que desdenhe do bem mais precioso de todos – a vida.
O grupo que assina o documento é formado por simpatizantes e também por críticos de Lula. No texto do manifesto, eles declaram que muitos foram e ainda são críticos, que discordam de posições tomadas por Lula no passado, mas estão “olhando para o futuro”.
“Não há dúvida que a história está fazendo Lula representar a alternativa que o Brasil deve abraçar neste plebiscito de 2022”, diz o manifesto.
Sem medo de ser feliz
Além das pesquisas que comprovam o favoritismo de Lula, o próprio mercado já começa a dar sinais positivos. Em entrevista à jornalista Miriam Leitão, na GloboNews, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sem citar nomes de candidatos, mesmo com todas as pesquisas mostrando Lula na frente, afirmou que “o mercado passou a menos receoso” com uma mudança de governo.
Leia a íntegra do manifesto:
Mais do que eleger um presidente, em 2022 o Brasil fará plebiscito entre continuar o desastre ou retomar a estabilidade democrática-institucional, o fim do negacionismo, a volta da empatia social e a retomada de um desenvolvimento sustentável. Não há razão que justifique adiar para o segundo turno, correr o risco das incertezas decorrentes de disputas secundárias, e principalmente os riscos de atos fora da Constituição. Por isso, apelamos a todos os democratas, os candidatos e seus eleitores, para que nos unamos no primeiro turno a Luiz Inácio Lula da Silva.
Muitos de nós fomos e ainda somos críticos, discordamos de fatos ocorridos e posições tomadas por ele no passado, mas estamos olhando para o futuro, e não há dúvida que a história está fazendo Lula representar a alternativa que o Brasil deve abraçar neste plebiscito de 2022. Ao mesmo tempo, os acertos de seus dois governos e a disposição em construir uma frente ampla programática nos passam a confiança de que ele está preparado para a tarefa de pacificar, governar e reconstruir o Brasil.
É Lula no primeiro turno para tirar o Brasil do descalabro que nos encontramos e os brasileiros do abismo profundo que fomos jogados.
Movimento Pelo Brasil
Quem assina?
Alder Teixeira – escritor e Professor (Universidade Estadual do Ceará)
Antônio Carlos de Almeida Castro – KAKAY – advogado
Armando Raggio – médico, pesquisador em saúde pública
Arnaldo Santos – jornalista e cientista político
Auto Filho – professor da Universidade Estadual do Ceará.
Benicio Viero Schmidt – sociólogo, professor da UnB
Bernardo Ricupero – professor da USP
Boris Fausto – Historiador
Carol Proner – professora de Direitos Humanos
Celina Roitman – microbiologista e pesquisadora em saúde pública
Chico Buarque – compositor e escritor
Christian Lynch, – professor e cientista político
Cristina Inoue – professora na Universidade Radboud (Holanda)
Cristovam Buarque
Dinamam Tuxá – liderança e advogado indígena.
Evandro Pertence – advogado
Fernanda Sobral – socióloga, professora emérita da UnB
Francisco José Teixeira – professor da Universidade Regional do Cariri – Ceará
Gabriela Gastal
Guto Gomes – Ativista Socioambiental
Hélio Doyle – jornalista.
Hélio Jose – ex-senador
Hussein Kalout – Professor de da Universidade Harvard
Iara Pietricovsky – Antropóloga, Codiretora da Associação Brasileira de ONGs – Abong
Isaac Roitman – Professor e membro titular da Academia Brasileira de Ciência
Lia Zanotta, – antropóloga , professora da UnB
Luiz Cruz Lima – professor da Universidade Estadual do Ceará
Luiz Eduardo Soares – antropólogo e escritor
José Eli da Veiga – professor da USP
Magno Lavigne – presidente licenciado da UGT Bahia
Marcelo Carvalho – presidente da UGT BA
Márcio Santili – ex-deputado federal constituinte
Marcos Woortmann – cientista político
Marco Aurélio de Carvalho – coordenador do Grupo Prerrogativas
Maurício Rands – advogado e professor de direito
Mauro Dutra – empresário
Milton Seligman – ex-ministro da Justiça
Moises Balestro – professor da UnB
Nathaly Beghin – economista
Paulo Dalla Nora Macedo – vice-presidente do Política Viva
Pedro Ivo Batista – Ambientalista e coordenador da Associação Alternativa Terrazul
Philip Yang, – urbanista, fundador do URBEM
Randolfe Rodrigues
Ricardo Abramovay – professor da USP
Ricardo Patah, – advogado, administrador de empresas, presidente do sindicato dos comerciarios de São Paulo e da UGT Nacional
Roberto de Figueiredo Caldas – advogado
Romi Bencke, – Pastora de orientação luterana.
Rosangela Lyra, presidente e fundadora do Política Viva
Sepúlveda Pertence – jurista
Tito Barros Leal – professor da Universidade Regional do Vale do Acaraú, Ceará
Úrsula Vidal – secretária de Cultura do Pará
Wellington Almeida – cientista político