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Internautas reagem a nota do Exército sobre buscas pelo indigenista e jornalista

Nota foi definida como cínica, sádica, podre, espantosa em tuites extremamente críticos ao Comando Militar da Amazônia, que divulgou a nota

Publicado: 07 Junho, 2022 - 17h27 | Última modificação: 07 Junho, 2022 - 17h57

Escrito por: Redação CUT

Reprodução/Twitter
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O Comando Militar da Amazônia divulgou, nesta terça-feira (7), uma nota  sobre o desaparecimento do indigenista Bruno Araújo Pereira, da Fundação Nacional do Índio (Funai), e do jornalista inglês Dom Phillips, colaborador do jornal The Guardian, que sumiram na região do Vale do Javari, na Amazônia, desde a tarde de domingo (5).

Na nota, que gerou revolta na internet, o Exército diz que está pronto para agir, mas alega que as ações só serão iniciadas quando eles forem acionados pelo “Escalão Superior”, em caixa alta, como está na nota que não cita os nomes do jornalista e do indigenista.

Cínica e sádica, reagiu no Twitter o jornalista Fernando de Barros e Silva. “A omissão dos nomes na nota e a omissão do Estado nas buscas são uma coisa só. Vocês são podres”, postou em seu perfil na rede social.

“Uma mistura de sofrimento e desespero”, postou Zé Rabelo. “Desespero em saber q estamos sob um governo q desdenha das vidas humanas. A nota canalha do Exército é a prova inconteste de q a omissão do governo é uma estratégia”, disse.

"A nota é espantosa", afirmou o jornalista Reinaldo Azevedo. “Entrará para a história, ainda que venham a ser encontrados sãos e salvos”, disse no post.

O jornalista Igor Cavalcante postou: “Um país onde o Exército tem toda autonomia para lançar nota exaltando golpe militar e nenhuma autonomia para realizar missão humanitária de busca de desaparecidos.”