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IPCA-15: Passagens aéreas, abobrinha, cenoura e diesel; veja o que mais aumentou

Empresas aéreas culpam a alta do querosene de aviação, que acumula alta de 102,4% em 12 meses. Alta dos alimentos também sofre com o impacto da alta do preço do diesel, que subiu 51,04% em 12 meses

Publicado: 27 Junho, 2022 - 13h32 | Última modificação: 27 Junho, 2022 - 13h43

Escrito por: Redação CUT | Editado por: Marize Muniz

Roberto Parizotti (Sapão)
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Entre os campeões de preços altos de junho, segundo a prévia da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), estão as passagens áreas, que acumulam alta de mais de 120% em 12 meses, e legumes como abobrinha, cenoura e pepino, que acumulam alta de 80% a mais de 100% em 12 meses. Essas altas foram fortemente impactadas pelos reajustes nos preços dos combustíveis. Em 12 meses, o litro do óleo  diesel subiu 51,04% e os preços cobrados nas bombas, pela primeira vez, superaram os da gasolina.   

IPCA 15 acumula alta de 5,65% no primeiro semestre deste ani e 12,04% em 12 meses – de junho do ano passado a junho deste ano

Confira o ranking dos campeões de preços altos:

1 - Passagens aéreas

Dos 367 subitens que compõem o IPCA-15, as passagens aéreas foi o que mais subiu.

Em junho, os bilhetes subiram 11,36%, a alta acumulada em 12 meses - junho do ano passado até junho deste ano - foi de 123,26%.

2 - Abobrinha

Em 12 meses até junho, a segunda maior escalada dos preços é a da abobrinha, que registrou alta de 101%.

3 - Cenoura

No acumulado, a alta nos preços foi de 99,55% até junho.

Roberto Parizotti (Sapão)Roberto Parizotti (Sapão)

4 - Pepino

A alta foi de 84,03% no acumulado até junho.

Roberto Parizotti (Sapão)Roberto Parizotti (Sapão)

5- Batata-inglesa

Alta  de 65,93% até junho.

6 - Café moído, alta de 65,41%

7 - Tomate, alta de 65,08%

8 - Transporte por aplicativo, 64,03%

9 - Melão, alta de 62,26%.

10 - Morango, alta de 54,08%.

11 – Cebola, 52,325

12 - Oleo diesel, 51,04%

Alta dos combustíveis impacta nos preços

Entre outros fatores, a disparada desses subitens pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) têm relação com a alta dos preços dos combustíveis.

Desde o golpe de 2016, os preços dos combustiveis são reajustados de acordo com os reajustes dos preços internacionais de petroleo e da cotação do dólar, como prevê a política de Preço de Paridade de Importação (PPI) da Petrobras. O PPI foi criado pelo ilegítimo Michel Temer e mantido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).

Alta do querosene de aviação (QAV)

Para justificar a dispara dos preços das passagens aéreas, a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR) destaca em seu site que o preço do querosene de aviação (QAV) acumula alta de 102,4% em 12 meses, na comparação de junho de 2022 com o mesmo período do ano passado.

Diesel mais caro que gasolina

Já o diesel, pela primeira vez mais caro do que a gasolina, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), subiu 9,6% nas bombas desde o último reajuste anunciado pela Petrobras, no dia 17 de junho.

Na semana passada, o preço médio do litro do óleo diesel foi de R$ 7,568. Mas em Cruzeiro do Sul (AC)  o produto chega a R$ 8,950 por litro. O litro da gasolina foi vendido, em média, a R$ 7,390. O preço mais alto foi encontrado em São Paulo: R$ 8,890 por litro.

É a primeira vez desde o início da série histórica, em 2004, que o preço do diesel ultrapassa o valor da gasolina.