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IPCA-15 sobe 0,35% em setembro; inflação de alimentos recua

Apesar da aceleração, a prévia da inflação do país ficou ligeiramente abaixo das estimativas, que projetavam avanço de 0,37% para este mês. Maior variação veio do transporte, com alta de 5,18% na gasolina

Publicado: 26 Setembro, 2023 - 15h33 | Última modificação: 26 Setembro, 2023 - 16h07

Escrito por: Clara Assunção - RBA | Editado por: Helder Lima - RBA

Roberto Parizotti (Sapão)
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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) subiu 0,35% em setembro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta terça-feira (26). Considerado a prévia da inflação oficial do país, o índice teve aceleração de 0,07 ponto percentual, na comparação com o mês anterior, que registrou alta de 0,28% em agosto. Já em comparação com setembro de 2022, o IPCA-15 oscilou negativamente: -0,37%.

Com o novo resultado, o índice alcançou 5% no acumulado dos últimos 12 meses. Apesar da aceleração, a prévia ficou ligeiramente abaixo da mediana das estimativas do mercado financeiro, que projetavam avanço de pelo menos 0,37% neste mês.

Para chegar ao dado, o IBGE verificou a inflação em nove grupos diferentes de serviços, sendo que seis deles registraram alta. A maior variação foi identificada no grupo de Transportes, com alta de 2,02%. O destaque absoluto da medição foi a gasolina, que subiu 5,18% no mês. De acordo com o IBGE, o combustível foi o “subitem com maior impacto no resultado do mês”, de 0,25 ponto percentual.

Na sequência está o grupo da Habitação (0,30%), apesar da desaceleração em relação ao mês anterior (1,08%). Já em Saúde e cuidados pessoais (0,17%), por exemplo, o destaque foi o aumento no item plano de saúde (0,71%), decorrente dos reajustes autorizados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), para os planos contratados antes da Lei nº 9.656/98, com vigência retroativa a partir de julho.

Deflação alimentos

No lado das quedas, o destaque ficou com Alimentação e bebidas (-0,77%). Essa é quarta vez consecutiva que o grupo registra um recuo nos preços. A deflação, aponta o instituto, foi influenciada novamente pela queda nos preços da alimentação no domicílio, de -1,25%. Destacam-se os recuos da batata-inglesa (-10,51%), cebola (-9,51%), feijão-carioca (-8,13%), leite longa vida (-3,45%), carnes (-2,73%) e do frango em pedaços (-1,99%). Por outro lado, o arroz (2,45%) e as frutas (0,40%) subiram de preço, principalmente o limão (32,20%) e a banana-d’água (4,36%).

Sobre o IPCA-15

O IPCA-15 mede a inflação para quem tem renda de 01 salário mínimo a (R$ 1.320) a 40 (R$ 52.800)  

A coleta dos preços do índice ocorre entre segunda metade do mês anterior e a primeira metade do mês de referência da divulgação. Neste caso, o índice divulgado nesta terça é referente a 15 de agosto a 14 de setembro. O dado sinaliza uma prévia dos preços do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), também calculado pelo IBGE e considerado a taxa oficial da inflação no Brasil.

O IPCA também serve para o regime de metas de inflação do Banco Central (BC). Nesta segunda (25), o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, comemorou que as expectativas para a inflação no Brasil “estão sendo sistematicamente revisadas para baixo. As projeções para 12 meses à frente já caíram de 5,23% para 4,04% desde maio”, destacou Alckmin.

Ele também celebrou que o mercado financeiro revisou as projeções de 4,19% para 3,67%. “Inflação mais baixa significa mais poder de compra para os brasileiros e menores taxas de juros no país. É sobre o governo Lula viabiliza uma vida melhor para a população”, concluiu em seu Twitter