Ipesp: 72% dos brasileiros acham que inflação vai aumentar nos próximos meses
E 61% dizem que a economia brasileira vai no caminho errado com a péssima gestão da dupla Bolsonaro/Guedes
Publicado: 11 Março, 2022 - 12h25 | Última modificação: 11 Março, 2022 - 16h15
Escrito por: Marize Muniz
A nova rodada da pesquisa Ipespe, divulgada nesta sexta (11) e realizada antes de a Petrobras anunciar um dos maiores reajustes da história nos preços dos combustíveis, revela que 72% da população acreditam que os preços dos produtos e serviços vão continuar subindo nos próximos meses.
Do total de entrevistados que acreditam na alta dos preços, 27% apostam que vai aumentar muito e 45% que vai aumentar.
Em fevereiro, a inflação oficial do Brasil, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou a maior variação para o mês desde 2015. A alta acumulada no ano foi de 1,56% no ano e de 10,54% em 12 meses, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta sexta-feira (11).
Economia segue no caminho errado
A pesquisa mostra ainda o desânimo dos brasileiros com a política econômica de Jair Bolsonaro (PL) e seu ministro da Economia, Paulo Guedes, que só tem gerado desemprego, trabalho informal e inflação alta. Desde 2019, não fizeram nenhum grande investimentos para aquecer a economia. Só fizeram propostas para tirar direitos dos trabalhadores.
Outra proposta da dupla é a de privatização de estatais, que piora a prestação dos serviços e contribui com o aumento ainda maior dos preços, como é o caso da privatização da Refinaria Landulfo Alves (Rlam), na Bahia. A compradora, a Acelen, do grupo árabe Mubadala, vem praticando reajustes maiores do que os da Petrobras desde o ano passado, quando assumiu a unidade.
Os baianos já estavam pagando até 35% a mais por combustíveis depois de privatização da refinaria mesmo antes do mega-reajuste de preços dos combustíveis anunciado pela Petrobras.
Com esse cenário sem luz no fim do túnel, não deu outra, para 61% dos entrevistados a economia brasileira vai no caminho errado. Apenas 29% responderam que vai no caminho certo.