Escrito por: Redação CUT
“Entendo que não sou a escolha da cúpula do PSDB, me retiro da disputa com o coração ferido, mas com a alma leve”, afirmou o ex-governador de SP durante o anúncio da desistência
O ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB) anunciou nesta segunda-feira (23) que não será mais candidato à presidência da República nas eleições de outubro deste ano.
Isolado e sem apoio da maioria dos tucanos, Doria admitiu que não conseguiu convencer a cúpula do PSDB em abraçar sua candidatura. “Entendo que não sou a escolha da cúpula do PSDB, me retiro da disputa com o coração ferido, mas com a alma leve”, afirmou.
Doria venceu as prévias do PSDB com 53,99% dos votos dos cerca de 30 mil filiados que participaram da eleição interna da sigla, mas parte das lideranças tucanas preferiam o nome de Eduardo Leite, ex-governador do Rio Grande do Sul.
Doria começou a ter atritos com os tucanos antes da primeira vitória eleitoral, em 2016, quando disputou a prefeitura com o apoio do ex-governador Geraldo Alckmin. Na época ele derrotou Andrea Matarazzo, que acabou desistindo das prévias e deixou o partido acusando Doria de comprar o apoio de correligionários.
A decisão de desistir da candidatura ocorre às vésperas da reunião da executiva do PSDB, nesta terça-feira (24) , que deve anunciar apoio à candidadura da senadora Simone Tebe (MDB), que tem menos de 3% de intenções de votos, de acordo com todas as pesquisas realizadas até agora.
O ex-candidato Doria carrega como legado o posto de o mais rejeitado pela opinião pública, inclusive no estado de São Paulo, segundo todas as pesquisas de intenções de voto. Ele não conseguiu ir além dos 3% a 5% de intenções de voto nas pesquisas.