Escrito por: Érica Aragão
Dia 10 de dezembro marca o começo da 'Jornada Lula Livre' com tuitaço, atos públicos e inter-religiosos, seminários, panfletagens e lançamentos de comitês em defesa dos direitos humanos de Lula por todo país
Agradecimentos emocionantes, fotos com Lula em diversas regiões do país, memes, cards, vídeos, áudios, denúncias de violações dos direitos humanos e a leitura de cartas para o ex-presidente foram destaques no tuitaço que marcou o início da #JornadaLulaLivre e chegou a ser o segundo assunto mais falado na rede no país, nesta segunda-feira (10). Só perdeu para o anúncio pago de uma imobiliária.
O objetivo da jornada é estimular organizações, movimentos sociais e sindical de todo o país a se mobilizar até que Lula seja solto, denunciando a arbitrariedade da prisão política do ex-presidente, mantido preso político desde 7 de abril, na sede da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba. Lula foi impedido de se candidatar e seu algoz, o ex-juiz Sérgio Moro, foi recompensado com o cargo de ministro no governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL).
“Temos que falar para o mundo todo, todos os dias, em todos os fóruns, sobre a prisão política de Lula. A jornada Lula Livre só vai acabar quando o presidente for solto”, afirmou o presidente da CUT, Vagner Freitas.
Lula foi o melhor presidente da história deste país e mudou a vida de milhares de trabalhadores e trabalhadoras no Brasil. Lutar pelos direitos humanos do presidente é lutar pelos direitos humanos de toda sociedade- Vagner FreitasAnônimos e autoridades militaram virtualmente em defesa da liberdade de Lula durante todo o “Dia Internacional dos Direitos Humanos”, que marca os 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Para o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamoto, o momento é de unir esforços entre os movimentos sociais, entidades e cidadãos comprometidos com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que hoje completa 70 anos, para lançar a Jornada Lula Livre por liberdade para o presidente Lula.
“Precisamos restabelecer os direitos humanos de Lula e vamos lutar por isso. Nesse sentido, precisamos conclamar todas e todos que militam na área dos direitos humanos ou que simplesmente entendem que a prisão de Lula é injusta, para engajar conosco nessa Jornada em defesa da liberdade e da democracia”.
Sem data para terminar, a #JornadaLulaLivre foi uma iniciativa do Comitê Nacional Lula Livre, junto aos mais de 80 movimentos da Frente Brasil Popular, entre elas, CUT, MST, MTST, UNE e CPM.
Lula preso significa o povo mais pobre preso, significa que não existe justiça e nem democracia. Precisamos juntos lutar contra essa prisão política- Paulo OkamotoA prisão política de Lula é reconhecida internacionalmente, como mostram as visitas de personalidades do mundo inteiro que, ao longo dos últimos oito meses denunciaram a injustiça e prestaram solidariedade ao ex-presidente, entre eles o ex-presidente do Uruguai, Pepe Mujica, o assessor especial do papa Francisco e de celebridades como Chico Buarque, Martinho da Vila e o ator e ativista americano Denny Glover.
#JornadaLulaLivre offline
Além das redes, a #JornadaLulaLivre também será marcada por atos políticos e inter-religiosos, manifestações, audiências públicas, panfletagens, seminários, debates e outras atividades com o objetivo de denunciar a prisão injusta e política de Lula.
Os Metalúrgicos do ABC, junto com a Fundação Perseu Abramo, promovem nesta segunda-feira (10) o Ato Internacional Lula Livre, a partir das 18h30, na sede do Sindicato, em São Bernardo do Campo.
A atividade integra a programação da Conferência Internacional em Defesa da Democracia, promovida pela Fundação, que acontece em São Paulo nos dias 10 e 11 de dezembro, e tem o objetivo de denunciar e lembrar a prisão política do ex-presidente Lula, considerada um exemplo de desrespeito à legislação garantidora dos direitos humanos.
“O ato tem tudo a ver com essa data. Quando celebramos a Declaração Universal dos Direitos Humanos temos de apontar a situação do ex-presidente Lula, preso de forma arbitrária, antes que fosse julgada a totalidade de seus recursos”, ressalta Carlos Caramelo, diretor do Sindicato.
Declaração dos Direitos Humanos
A Declaração dos Direitos Humanos nasceu, em 1948, logo após o final da Segunda Guerra, com objetivo de lembrar e impedir outro Holocausto. É o documento mais traduzido do mundo, disponível em mais de 500 idiomas, de acordo com a Organização das Nações Unidas. Os direitos humanos incluem o direito à vida e à liberdade, à liberdade de opinião e de expressão, o direito ao trabalho e à educação, sem discriminação.