MENU

Jornalista Daniela Lima, da CNN, rebate insulto de Bolsonaro

“Não sei se é ameaça de morte ou de ditadura, mas não passará”, disse a jornalista em sua conta no Twitter 

Publicado: 02 Junho, 2021 - 15h47 | Última modificação: 02 Junho, 2021 - 16h33

Escrito por: Redação CUT

Divugação/CNN Brasil
notice

A jornalista Daniela Lima, da CNN Brasil, rebateu o insulto do presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL), que a chamou de “quadrúpede” nesta terça-feira (1º), Dia da Imprensa.

“Não sei se é ameaça de morte ou de ditadura. De toda forma, não passará”, disse ela em sua conta no Twitter. 

“E ambos são crimes, vale lembrar ao cidadão”, complementou em outra postagem.

Bolsonaro também fez um ataque misógino contra a jornalista. "Afinal de contas, acho que não precisa dizer de quem ela foi eleitora no passado. De outra do mesmo gênero", afirmou. O relato foi publicado por Daniel Carvalho, no jornal Folha de S. Paulo.

No dia 26 de maio, Daniela disse em uma chamada: "Não saia daí porque agora, infelizmente, a gente vai falar de notícia boa, mas com valores não tão expressivos".

Apoiadores do presidente compartilharam nas redes sociais apenas o trecho inicial do vídeo. Cortaram a frase final onde a apresentadora diz que os valores, na verdade, os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados naquele dia, não são expressivos. 

Segundo o Caged, que mudou a metodologia da pesquisa, o mercado de trabalho formal, com carteira assinada, havia registrado saldo positivo em abril, com 120.935 empregos. O número, no entanto, foi o menor de 2021.

Nota de repúdio e solidariedade 

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) divulgaram nesta quarta-feira (2) uma nota de repúdio e solidariedade à Daniela Lima. 

As entidades se colocaram à disposição da profissional para medidas cabíveis.

A nota classifica como 'ato inaceitável' a agressão de Bolsonaro e diz que "ele segue com práticas de assédio moral contra a nossa categoria".

"Para impedir que Bolsonaro mantenha essa atitude inaceitável, que traz danos graves à democracia, o Sindicato dos Jornalistas SP moveu ação por danos morais coletivos contra Jair Bolsonaro, pedindo que a Justiça o impeça de seguir proferindo ataques dessa natureza. A ação, baseada em relatórios e monitoramentos da FENAJ, teve seu pedido de liminar negado, mas terá ainda o julgamento de mérito",diz trecho final da nota.