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Jornalistas da EBC entram em greve pela 3ª vez em um mês por isonomia salarial

Desde o início de setembro, a categoria paralisou as atividades por quatro dias

Publicado: 04 Outubro, 2024 - 12h26 | Última modificação: 04 Outubro, 2024 - 12h38

Escrito por: Fenaj

Reprodução/Agência Brasil
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Os jornalistas da Empresa Brasil de Comunicação no DF, RJ e SP aprovaram na última sexta-feira (27/09) greve por tempo indeterminado em defesa da isonomia salarial no novo Plano de Cargos e Remunerações na EBC. A greve tem início a partir da desta quinta-feira, dia 3 de outubro.

A categoria exige da direção da empresa um compromisso público de construir uma proposta que respeite a jornada especial da categoria, com isonomia salarial entre os distintos cargos de nível superior. Da mesma forma que os trabalhadores de nível médio. Se este compromisso for estabelecido, a paralisação pode ser suspensa.

Desde o início de setembro, a categoria paralisou as atividades por quatro dias. Uma conquista importante foi a garantia, pela diretoria, de não descontar os dias parados, o que foi oficializado em comunicado dirigido às trabalhadoras e trabalhadores.

A proposta da diretoria da EBC é discriminatória contra a categoria e reduz em 12% os níveis da tabela salarial em relação às outras categorias de nível superior. Na prática, a empresa cria diferenças salariais que chegam a R$ 2.650,87.

 
 
 
 
 
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Sem avanços

A decisão dos trabalhadores ocorreu após mais uma reunião, no dia 26 de setembro, entre empresa e diretores dos Sindicatos do Rio, SP e DF, além da presidenta da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), Samira de Castro, em que as entidades reforçaram que a proposta ataca a jornada da categoria e representa um rebaixamento dos nossos níveis salariais.

Mesmo assim, o diretor-presidente da EBC, Jeansley Lima, recusou o pedido para o envio de uma nova tabela salarial com isonomia, para avaliação da Sest, junto à proposta de PCR já enviada. Vale lembrar que as tabelas salariais diferenciadas, inicialmente propostas pela EBC, também atacavam direitos dos técnicos, mas foram unificadas de forma isonômica após forte pressão das entidades.

Em nota enviada aos trabalhadores ontem, a direção voltou a justificar que somente pode discutir mudanças no PCR depois que a proposta voltar da Sest, mantendo a posição de “na volta a gente compra”. As entidades entendem que tal justificativa não se sustenta, já que a própria direção da empresa já havia ajustado as tabelas do nível médio.

Mesmo assim, os sindicatos solicitaram que a direção se comprometesse em apresentar e discutir tabelas salariais de nível superior com isonomia, independentemente de reenviar a proposta para a Sest, que analisa um valor aprovado pela empresa. Nas palavras de Jeansley Lima, ainda não se sabe quanto orçamento será liberado. Segundo ele, pode ser que haja necessidade de alterações inclusive nos valores que já foram enviados aos trabalhadores por email, na ocasião do envio do PCR à Secom, frustrando uma expectativa que foi gerada nos trabalhadores.

No entanto, nem esse compromisso de isonomia foi assumido pela direção. A mensagem divulgada pela empresa, considerada vaga, não firma compromisso claro com a isonomia que os jornalistas exigem para o PCR.