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Jornalistas de revistas e jornais do RJ e DF param nesta quarta (25) por reajuste

Paralisação de 2 horas, das 14h às 16h, é em protesto contra a proposta patronal de reajustar os salários muito abaixo do índice de inflação

Publicado: 24 Maio, 2022 - 08h30 | Última modificação: 24 Maio, 2022 - 08h52

Escrito por: Redação CUT | Editado por: Marize Muniz

Reprodução
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Os jornalistas em jornais e revistas, impressos e digitais, do Rio de Janeiro e de Brasília, param as atividades por duas horas, nesta quarta-feira (25), em protesto contra a proposta patronal de reajustar os salários muito abaixo dos índices de inflação nas datas-base.

A data-base dos jornalistas de impresso e digital do Rio de Janeiro é 1º de fevereiro e eles reivindicam reposição salarial de 10,60% mais 2% por conta das perdas salariais no período da pandemia. O pagamento do reajuste deve ser retroativo à data-base. A proposta patronal foi de reajuste de apenas 3,5%.

A data-base dos jornalistas de Brasília é 1º de abril e eles revindicam 11,70% de reajuste salarial mais 5% de perdas salarais. A proposta patronal foi de reajuste de 5% de reajuste de salário.

De acordo com nota publicada no site do sindicato, em 2020, com a Medida Provisória (MP) nº 936, os jornalistas do segmento de impressos/digitais tiveram seus salários reduzidos. Embora a MP também previsse a redução de jornada, o home office aumentou não só a carga diária de trabalho como também as despesas com pacotes de internet e energia.  

“As perdas salariais acumuladas desde então não foram repostas e num cenário de inflação em alta só vêm aumentando”, conclui o texto.

“A reação contra os percentuais de reajustes propostos pelos patrões foi forte e está mobilizando toda a categoria”, diz a coordenadora-geral do Sindicato dos Jornalistas do Rio, Virginia Berriel, que também é diretora executiva da CUT Nacional.

Na quarta-feira (25) serão realizados atos nas duas cidades e, segundo a dirigente, até o pessoal que está em home office vai ao local de trabalho para protestar.

No Distrito Federal, os escritórios da Editora Globo ficam no Shopping Brasilia. O sindicato da categoria vai colocar um caminhão de som na porta do shopping durante as duas horas de protesto. No Rio, o ato será parte lateral da sede do jornal do O Globo e, mesmo a metade da equipe que está em  home office promete participar do ato.

E o protesto é nas duas cidades, no mesmo dia e horário, porque tanto o pessoal de impresso e digital do Rio quanto o de Brasília segue a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) negociada com os patrões pela direção do Sindicato dos Jornalistas do Rio. São profissionais que  trabalham nos jornais O Globo, Extra, Valor Econômico, O Dia, Lance e em revistas da Editora Globo, entre outros, nas duas cidades.

De acordo com o sindicato, a paralisação de duas horas é uma sinalização de que a categoria não abre mão da reposição da inflação. Já há previsão para suspensão de atividades por quatro horas, se não houver avanço nas negociações. O recado é claro: jornalistas não abrem mão da reposição salarial de 100% da inflação.

Em apoio aos colegas, os jornalistas de São Paulo usarão preto e atuarão nas redes sociais, em especial duante os atos nas duas cidades, que será realizado das 14h às 16h40.