Escrito por: SJPMG

Jornalistas do Correio Brasiliense e Estado de Minas lutam contra atraso de salários

Em reunião virtual, dirtigentes dos sindicatos traçaram estratégias para ação conjunta para obrigar dono dos dois jornais a regularizar pagamentos de salários 

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Trabalhadores e trabalhadoras dos Diários Associados Minas se reuniram virtualmente nesta quarta-feira (17) com o diretor do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal (SJPDF) Sílvio Queiroz e com dirigentes dos sindicatos mineiros dos Jornalistas, Gráficos e Administração para traçar estratégias para uma ação conjunta envolvendo os jornais Estado de Minas e Correio Braziliense, empresas que pertencem ao grupo econômico comandado hoje pela família Teixeira da Costa.

Os trabalhadores dos dois jornais vêm enfrentando problemas semelhantes como atraso recorrente no pagamento dos salários, não pagamento do abono de férias e não recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).

A preocupação é que o futuro do grupo seja semelhante ao da Editora Abril, que encerrou suas atividades sem quitar obrigações trabalhistas.

O dirigente do SJPDF fez um relato da situação dos trabalhadores do Correio que esse ano fizeram diversas paralisações em protesto pelo atraso dos salários, hoje pagos de maneira escalonada.

Os trabalhadores do Estado de Minas estão paralisando as atividades cinco horas pela manhã e cinco horas a tarde todos os dias, desde a semana passada, na luta pelos salários. Alguns já receberam, mas a decisão é seguir com o movimento até que toda redação receba integralmente seus vencimentos. Em outubro , alguns salários chegaram a ser pagos somente no mês subsequente. Os atrasos acontecem em todos os setores do jornal e afetam desde quem ganha salários mais elevados, até os trabalhadores com vencimentos mais baixos.

Os trabalhadores querem a regularização dos pagamentos e a garantia de quitação do décimo-terceiro nas datas estabelecidas pela legislação. No caso do Estado de Minas, reivindicam também informações por parte do jornal sobre o motivo dos atrasos e os critérios usados para os pagamentos. Em alguns meses, o salário é pago para alguns na data próxima do previsto pela lei, nos outros atrasa dias. O grupo enfrenta problemas econômicos desde 2014 que vem se agravando comprometendo a vida dos trabalhadores e causando ansiedade e adoecimento.