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Julgamento virtual de recurso contra prisão de Lula começa no dia 4 de maio

O caso será analisado eletronicamente pela Segunda Turma do STF

Publicado: 25 Abril, 2018 - 18h49 | Última modificação: 25 Abril, 2018 - 18h59

Escrito por: Redação CUT

Ricardo Stuckert
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A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) inicia no próximo dia 4 de maio o julgamento virtual que vai analisar o recurso do ex-presidente Lula contra prisão injusta determinada pelo juiz Sérgio Moro, da 1ª instância da Justiça, de Curitiba, e confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), de Porto Alegre.

A partir das 18h do dia 4 maio, será aberto um prazo de uma semana que os ministros da Segunda Turma entrem no sistema e possam proferir seus votos. Encerrado o prazo, à meia-noite do dia 10 de maio, o resultado do julgamento será publicado. Dessa forma, não haverá reunião presencial para julgar o caso. Caso todos os ministros do colegiado insiram seus votos antes do dia 10, o resultado poderá ser divulgado antes do fim do prazo.

Em geral, o julgamento virtual é usado para decisões que não têm grande repercussão e que possuem jurisprudência pacífica. No entanto, a medida de Fachin foi entendida dentro do tribunal como uma forma de ganhar tempo. A maioria dos integrantes da Segunda Turma é contra o entendimento que autoriza a prisão após a segunda instância da Justiça.

Com a exceção de Fachin, os ministros Gilmar Mendes, Celso de Mello, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli se manifestaram contra a medida em outros julgamentos sobre o mesmo tema, inclusive no habeas corpus em que a Corte negou pedido de Lula para não ser preso, no início do mês.

Na reclamação, a defesa de Lula sustenta que Moro não poderia ter executado a pena porque não houve esgotamento dos recursos no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF), segunda instância da Justiça Federal. Para os advogados, a decisão do Supremo que autorizou as prisões após segunda instância, em 2016, deve ser aplicada somente após o trânsito em julgado no TRF4. Os advogados também pedem que o ex-presidente possa aguardar em liberdade o fim de todos os recursos possíveis na Justiça.

Com informações da Agência Brasil