Escrito por: Redação CUT
Ex-trabalhadora e filha do dono do Grupo Popular Ltda vai receber R$ 123.811,49 de indenização por demissão sem justa causa e outros benefícios que ela deixou de receber enquanto estava no trabalho
Desembargadores da 8ª Vara Criminal de Macapá, no Amapá, condenaram um empresário a indenizar trabalhadora que havia sido demitida por causa de postagens contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) em suas redes sociais.
A trabalhadora em questão é sua filha, Brunna Venancio. Ela recebeu mensagens do pais, um dos donos do Grupo Popular LTDA, alertando sobre suas "posições antagônicas" publicadas nas redes sociais antes de ser desligada.
Brunna recorreu à Justiça e agora o pai e os sócios vão ter de pagar R$ 123.811,49 em indenização por demissão sem justa causa e outros benefícios que ela deixou de receber enquanto estava no trabalho, como 13º salário e férias.
Na Justiça, Brunna mostrou os áudios gravados no celular para provar que foi vítima de preconceito político no local de trabalho. Em um deles, o pai dela disse que estava falando "com plena consciência do que estou fazendo". "Não estou com raiva, eu estou irado, ta (sic) irado com suas posições, com as suas manifestações, já que as redes sociais é (sic) suas 'cê' faça o que quiser, pois continue fazendo, só que agora quem manda na empresa quem é o dono desse negócio sou eu, tá certo? E não vou te aceitar mais, cabou (sic)". Em outro, o sócio alerta que ela deve "respeitar quem está do outro lado, suas posições políticas não se esqueça que eu tenho posições antagônicas".