Escrito por: Sindicato dos Mecânicos de Joinville
Sindicato dos Mecânicos de Joinville vem buscando alternativas para garantir os salários e direitos de todos os trabalhadores
Após a decisão judicial pela falência, em sentença dura, efetiva e educativa para quem busca driblar as leis e negar direitos aos trabalhadores, o caso Busscar passa agora a ser como a falência Busscar. Desde a sexta-feira passada, o administrador judicial Rainoldo Uessler, nomeado pelo juiz Maurício Póvoas, está tomando pé da situação e realizando os procedimentos legais para o caso, ou seja, demissões dos cerca de mil trabalhadores ainda ligados à empresa, verificando as contas, procedendo avaliações, entre outras atividades.
O Sindicato dos Mecânicos orienta a todos os trabalhadores ligados à Busscar via categoria mecânica para que a partir deste momento, difícil e doloroso para alguns, saneador e promissor para outros, deixem de dar ouvidos a fofocas e conversas que ainda possam existir, vindas dos mesmos que já colocaram a Busscar na atual situação, levando milhares de trabalhadores e trabalhadoras a passar necessidades, e a não receber seus salários e direitos.
A entidade sindical alerta para que, em caso de dúvidas, o trabalhador e a trabalhadora procure o Sindicato dos Mecânicos, ou o Sindicato dos Plásticos (Tecnofibras), e a equipe do administrador judicial na própria empresa para tirar suas dúvidas. Fora desse quadro, o que for dito é pura fofoca e busca a continuidade da confusão. A partir de agora o procedimento é se dirigir até a empresa para dar a baixa em suas carteiras de trabalho.
Para os trabalhadores da Busscar e empresas ligadas, a data de demissão será 1° de outubro. Para os ligados à Tecnofibras, estes serão desligados com data de dia 1° de outubro, e poderão ser readmitidos – os que a empresa quiser, logicamente – com data de 2 de outubro, até porque a empresa continuará suas atividades normais até que se decida o seu futuro. Portanto, agora é momento de ir à Busscar e providenciar a baixa de sua carteira de trabalho.
Os trabalhadores afastados por doença, acidentes de trabalho ou outras particularidades, também devem ir até a Busscar e conversar com a equipe do administrador judicial, para verificar quais os procedimentos para essas situações, já que a empresa entrou agora em processo de falência.
Homologações
Como o volume de demissões é elevado – cerca de mil – a Busscar ainda está organizando a papelada e documentação. Mas todas elas deverão receber a homologação do Sindicato dos Mecânicos, para habilitar aos trabalhadores o direito de ter acesso ao saldo existente do FGTS, e também poder receber o seguro-desemprego.
Para isso o Sindicato dos Mecânicos vai montar uma força-tarefa a partir do dia 10 de outubro (quarta-feira) em horário comercial, no Centro Esportivo da entidade localizado no bairro Costa e Silva, na rua Rui Barbosa, 495. A ideia, segundo o presidente Evangelista dos Santos, é atender cerca de 100 trabalhadores diariamente, mediante senhas para organizar a ida de todos e o bom atendimento. O Sindicato trabalha também para que a CEF e, ou o SINE estejam no local diariamente para acelerar a liberação dos direitos, e também reencaminhar os trabalhadores para um novo emprego.
Trabalho continua com orientações
Sempre de forma responsável, transparente e dentro das leis, o Sindicato dos Mecânicos continua o trabalho duro para a solução final e melhor para os trabalhadores. Já foi pedida uma reunião com o juiz Maurício Póvoas e o administrador judicial, para que se saibam todos os detalhes e futuro dos passos que a justiça pensa fazer.
O presidente Evangelista dos Santos e a diretoria definiram também que serão realizadas três reuniões consecutivas, em um dia, para que os trabalhadores sejam orientados juridicamente sobre todos os possíveis acontecimentos da falência da Busscar.
As reuniões de orientação já estão marcadas para o dia 24 de outubro, quarta-feira, nos seguintes horários: 8 horas, 15 horas e 19 horas. Todos esses encontros acontecerão na sede central do Sindicato, em seu auditório, localizada na rua Luiz Niemeyer, 184 – centro de Joinville (SC). Como já fez em todas as ocasiões anteriores, o Sindicato quer deixar todos os trabalhadores bem informados, orientados e cientes do que acontecerá efetivamente.
“Os trabalhadores e trabalhadoras devem agora, mais do que nunca, estarem unidos ao seu Sindicato. Tudo o que vier a acontecer daqui para a frente, seja na venda dos bens para pagamento dos salários atrasados, direitos, ou mesmo a compra da massa falida por qualquer outro grupo, interessado, tudo deve passar pelo crivo do Sindicato. Nós, todos juntos, vamos fazer valer o que for melhor para todos, para a maioria. Agora é seguir nossas orientações, participar das reuniões, e se manter informado conosco”, alerta o presidente Evangelista dos Santos.