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Justiça determina uso da força policial para retirar Vigília Lula Livre

Os movimentos e partidos que integram a Vigília Lula Livre afirmam que permanecerão no local e vão recorrer em segunda instância da decisão que determinou o despejo forçado e impôs multa às entidades

Publicado: 29 Maio, 2018 - 15h18 | Última modificação: 29 Maio, 2018 - 16h39

Escrito por: Redação CUT

Reprodução
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O juiz substituto Jailton Tontini, da 3ª Vara da Fazenda Pública do Foro Central do Paraná, determinou, nesta segunda-feira (28), o uso de força policial para remover a Vigília Lula Livre, instalada no entorno da sede da Superintendência da Polícia Federal, no bairro Santo Cândida, em Curitiba, onde o ex-presidente Lula é mantido como preso político desde o dia 7 de abril.

Em coletiva de imprensa, na tarde desta terça-feira (29), a presidenta da CUT-PR, Regina Cruz, e o presidente do PT-PR, Dr. Rosinha, afirmaram que, além das providências judiciais necessárias para reverter essa decisão na segunda instância da Justiça, os movimentos decidiram manter as tendas no local e a coordenação continuará estabelecendo um bom diálogo com o poder público, como faz desde a instalação da Vigília.

“Os movimentos decidiram que iremos recorrer em segunda instância, vamos continuar mantendo as barracas aqui e continuar fazendo a nossa luta”, afirmou a presidenta da CUT-PR, Regina Cruz.

Segundo ela, no momento, cerca de 200 pessoas estão no local, mas o número aumenta nos finais de semana, quando caravanas e carros particulares de todo o Brasil chegam lotados à capital paranaense com brasileiros e brasileiras que fazem questão de demonstrar apoio e solidariedade a Lula, um inocente, preso por aqueles que querem impedi-lo de se candidatar e ser eleito presidente da República em 2018.

A dirigente explica que o juiz alegou desobediência de acordo anterior ao exigir a imediata retirada das pessoas que apoiam Lula do local. Porém, Regina rebate a informação e ressalta que os movimentos que ali estão instalados respeitaram todas as negociações firmadas com o poder público, como limitação de área, número de tendas, entre outros termos pactuados.

Na decisão desta segunda, o juiz reforça a aplicação de multa de R$ 500 mil por dia para a CUT e para o PT, caso a Vigília não seja retirada do local. E em função do descumprimento da ordem anterior, determina o pagamento, até o momento, de R$ 5,5 milhões pelo PT e o mesmo valor pela CUT.

A desocupação, bem como o uso da força policial, já foi informada à governadora do Paraná Cida Borghetti. O secretário de Segurança do Estado, Julio Cezar dos Reis, e a comandanta da PM, Audilene Rocha, já receberam a notificação “solicitando o uso de força policial para o imediato cumprimento” da liminar judicial.

O presidente estadual do PT, Dr. Rosinha, disse que uma audiência com a governadora já foi solicitada para tratar da questão. “Louvamos a governadora quando anunciou que não usaria a força para conter a manifestação dos caminhoneiros no estado e esperamos que sejamos tratados da mesma forma, com respeito, diálogo e sem repressão.”

Ele destaca, ainda, está cumprindo todos os acordos firmados com o poder público desde a instalação da estrutura e reforça que a manutenção dos militantes no local é um direito legítimo.

Confira a íntegra da coletiva de imprensa: